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Capital

Negócio de família, venda de flores faz ambulantes lucrarem até R$ 12 mil no ano

Somente neste Dia de Finados, ambulantes relatam ter lucros de até R$ 6 mil

Por Cassia Modena e Dayene Paz | 02/11/2023 10:49
Beneficiária do INSS, Maria garante renda extra com flores artificiais (Foto: Marcos Maluf) 
Beneficiária do INSS, Maria garante renda extra com flores artificiais (Foto: Marcos Maluf)

Vender flores naturais ou artificiais, além de artigos procurados em datas que inspiram visita aos que já partiram, é um negócio de família lucrativo para os ambulantes que montam barracas nas proximidades dos cemitérios privados Memorial Park e Parque Campo Grande, ambos localizados lado a lado no Bairro Pioneiros, em Campo Grande.

Neste Dia de Finados (2), Thiago Ramos da Silva, 26, cuida da barraca do pai. Ele faz as vendas, mas ganha comissão. A família estima lucrar R$ 12 mil no ano, considerando balanço do Dia das Mães, Dia dos Pais e o de hoje.

Thiago acredita que as vendas ali compensam bem mais do que em cemitérios públicos. "A gente tira um dinheiro extra, um dinheiro bom aqui", conta. A banca da família dá prioridade às vendas de flores naturais, mas traz algumas artificiais para atender a quem as prefere. Os valores são a partir de R$ 15.

Thiago ajuda o pai e ganha comissão (Foto: Marcos Maluf)
Thiago ajuda o pai e ganha comissão (Foto: Marcos Maluf)

Auxiliar de limpeza - Dia de Finados é oportunidade para a auxiliar de limpeza Rita Maria, 42, e a mãe conseguirem um dinheiro extra. A matriarca e a filha têm licença municipal para montar duas barracas, negócio tradicional na família há 30 anos.

Rita afirma que a expectativa é lucrarem R$ 5 mil apenas hoje. Ela pensa igual a Thiago quanto às vendas na região serem mais lucrativas. Ela acha também que o trabalho fica menos cansativo por lá.

"A venda é bem mais rápida. A pessoa já chega e sabe o que quer", fala. Clientes não precisam nem descer do carro. A auxiliar de limpeza atende no sistema drive-thru.

Eram poucas as barracas montadas no bairro, o que diminuiu a concorrência (Foto: Marcos Maluf)
Eram poucas as barracas montadas no bairro, o que diminuiu a concorrência (Foto: Marcos Maluf)

Vigilante - Outro filho de ambulante que apoia vendas na família é o vigilante Anderson da Silva de Carvalho, 31. Ele vende flores artificiais com a mãe, Maria Rodrigues da Silva, 48, que se mantém com benefício do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) devido ao afastamento do trabalho.

Trabalha com a mãe só nas datas especiais. Para eles, compensa. No Dia de Finados do ano passaram, fizeram R$ 6 mil em lucros.

O preço das flores começa em R$ 10 e vai até R$ 40. O dia começou com movimento um pouco abaixo do esperado pelos dois, mas acreditam que até o fim do dia vai melhorar. "Até à tarde vai dar mais gente, vai dar certo", disse Anderson.

Anderson espera movimento maior de visitantes à tarde (Foto: Marcos Maluf)
Anderson espera movimento maior de visitantes à tarde (Foto: Marcos Maluf)

O fluxo de veículos era intenso na região, que tem os dois cemitérios bem próximos um ao outro. A parada por alguns minutos para comprar flores exige paciência dos motoristas.

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