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Capital

Noite gélida faz quem "não botou fé" no frio correr às compras

"Estou vendo a previsão indicar frio intenso, há mais de um mês, e até então nada", justificou consumidor

Liniker Ribeiro | 29/06/2021 17:17
Loja do Centro levou araras com roubas de frio para calçada da Rua Dom Aquino (Foto: Kísie Ainoã)
Loja do Centro levou araras com roubas de frio para calçada da Rua Dom Aquino (Foto: Kísie Ainoã)

Mesmo com alertas meteorológicos indicando a chegada de forte onda de frio, desde a semana passada, muita gente chegou a duvidar que os termômetros registrariam temperaturas tão baixas, em Campo Grande. Quem esperou “ver para crer” acabou passando frio e previsou correndo de casa para comprar casacos, edredons, cobertores e outros artigos para driblar o frio.

“Eu não ‘botava fé’. "Estou vendo a previsão indicar frio intenso, há mais de um mês, e até então nada. Agora veio com força e o jeito está sendo gastar. Eu não tinha comprado nada antes, justamente porque nunca faz frio aqui”, confessou o auxiliar de serviços gerais, Eduardo Oliveira, de 33 anos.

Pelas ruas do Centro da cidade, o maior movimento em lojas do comércio, na tarde desta terça-feira (29), foi em lojas de roupas e artigos de inverno. De olho em clientes em ascensão, muitos comerciantes, inclusive, lotaram vitrines com casacos, gorros, luvas e meias, tudo para chamar atenção do consumidor. Em alguns estabelecimentos, araras de roupas foram parar na calçada.

Para suportar o frio, Lucimare Rodrigues Campos saiu às ruas protegida do frio (Foto: Kísie Ainoã)
Para suportar o frio, Lucimare Rodrigues Campos saiu às ruas protegida do frio (Foto: Kísie Ainoã)

“A gente aproveitou a queda na temperatura para chamar os clientes, tem muita gente procurando por roupa de frio, desde ontem. O movimento aumentou, estava parado de tudo, então aproveitamos essa oportunidade e, como a gente sempre usa a frente da loja para mostrar uma novidade ou outra, levamos tudo lá para fora porque frio é novidade do momento”, destacou Vera Lucia da Silva, de 42 anos, gerente de loja de roupas na Rua Dom Aquino.

Novidade que pegou dona Lucimare Rodrigues Campos, de 51 anos, de surpresa. Acompanhada dos netos, a ialorixá saiu às compras com objetivo de comprar casacos para toda a família. “Parece que a gente sempre precisa comprar roupa de frio e pretendo gastar até uns R$ 300 para comprar para todo mundo”, revelou.

Com apenas os olhos de fora, a diarista Mirian Gomes da Silva, de 42 anos, foi em busca de casacos "mais pesados". "Odeio e o frio está intenso. Estou dando uma olhada em jaqueta para mim e roupa para crianças, que crescem e precisa renovar", contou.

Leontina precisou comprar roupas de frio para a tia, já idosa (Foto: Kísie Ainoã)
Leontina precisou comprar roupas de frio para a tia, já idosa (Foto: Kísie Ainoã)

Quem também precisou ir em busca de roupa de frio foi a agente de saúde Leontina Ferreira Pizano, de 50 anos. “Está muito frio! Vim comprar roupa para minha tia, que já é idosa, e não pode sair. Vim comprar umas calças e blusas, porque ninguém estava preparado para esse frio, faz bastante tempo que isso não acontece. Nem lembro quando foi que eu comprei roupa”, lembra.

De Minas Gerais, a terapeuta ocupacional Walkiria Mello, de 42 anos, que agora mora em Campo Grande, sentiu na pele o frio intenso, na última noite, e quase não conseguiu dormir. “Tive que vir especialmente para comprar um edredom. O frio chegou com tudo, passei frio a noite e decidi vir”, conta.

Walkiria correu para comprar edredom novo para se proteger do frio (Foto: Kísie Ainoã)
Walkiria correu para comprar edredom novo para se proteger do frio (Foto: Kísie Ainoã)


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