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Capital

“Nunca vi isso”, diz Marquinhos sobre “pior temporal de 100 anos”

Segundo o prefeito, a Capital não teve grandes danos estruturais, apesar de sofrer com a queda de árvores

Ângela Kempfer | 15/10/2021 18:53
Tempestade de areia produziu imagens assustadoras em Campo Grande. (Foto: Direto das Ruas)
Tempestade de areia produziu imagens assustadoras em Campo Grande. (Foto: Direto das Ruas)

Rodando pela cidade nesta sexta-feira, o prefeito Marquinhos Trad viu cenas inéditas em 5 anos de administração. “Em 5 anos não, em 100 anos”, corrige ele, atribuindo a informação à Defesa Civil do Município. “Nunca vi isso, nem nada parecido. Tem árvores cortadas no meio. Li relatos de pessoas sobre vidros de prédios na Via Parque que se estilhaçaram por causa da força do vento”, conta.

Marquinhos passou as últimas 3 horas coletando informações sobre a tempestade de areia, com ventos de quase 100 km/h. “Por volta de 15 horas, o vento era de 54 km horas. Às 15h25, já era 95,5 km por hora. Foi assustador. Nunca a rede elétrica foi tão comprometida”, comenta.

Segundo ele, imediatamente, 16 equipes saíram às ruas para iniciar os reparos. “Equipes de Obras (secretaria), Agetran... todo mundo vai ficar direto trabalhando hoje”, avisa.

Ainda sem números oficiais sobre os estragos, o prefeito diz que a estrutura urbana da cidade resistiu aos impactos, sem alagamentos ou asfalto rompido. “Passamos no teste. Não teve um alagamento, nem um asfalto arrebentado”, informa.

Árvores arrancadas pela raíz na Vila Alba. (Foto: Direto das Ruas)
Árvores arrancadas pela raíz na Vila Alba. (Foto: Direto das Ruas)

Já a arborização reprovou mais uma vez ao ser colocada à prova. Com 154 quedas registradas, casas foram destelhadas, carros destruídos e comércios danificados em todas as regiões de Campo Grande.

Para o prefeito, não faltou aviso ou tentativas de minimizar esse tipo de problema. “A cidade tem muitas árvores condenadas, que já tentamos cortar, mas o Ministério Público não deixa”, reclama.

Ele lembra que hoje, a Capital tem mais de 270 mil árvores para 916 mil habitantes. Mas apesar do orgulho da cidade famosa pelo verde, Marquinhos defende a derrubada em alguns pontos da cidade.

“Você anda pela Afonso Pena e vê árvores com escoras, com seringas de tratamento. Tem muitas condenadas, que as pessoas querem que fiquem em pé porque são históricas, mas não têm condição”, justifica.

Com mais previsão de tempestade para amanhã, Marquinhos reforça que a prefeitura está de plantão, atendendo pelos telefones 156 e 199.

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