ONG ‘sem teto’ reaparece e realiza reparos em casas no Vespasiano Martins
Supervisionados por contratados da entidade, moradores fazem mutião para consertar telhados
Sete dias depois em que as casas do Vespasiano Martins foram danificadas em um temporal, a Morhar Organização Social reapareceu. A informação é da secretária-adjunta da Seplanfic (Planejamento, Finanças e Controle), Maria do Amparo Araújo Melo, que detalhou que junto com os moradores e apoio da prefeitura, a ONG (Organização Não-Governamental) realiza os reparos nas residências.
A Morhar fez convênio com a Prefeitura, neste ano, no valor de R$ 3,6 milhões. Em troca, supervisionaria a construção, em sistema de mutirão, de 300 casas para famílias removidas da favela Cidade de Deus. Porém, boa parte das casas ainda não saiu do papel.
O endereço da entidade também continua um “mistério”. Pela vizinhança da Rua Dr. Ciro Bueno, na Vila Planalto, um dos prováveis locais onde seria o escritório da instituição, a procura por informações virou rotina, mas nada se sabe.
O Campo Grande News esteve no loteamento, na manhã de hoje (27), e apurou que moradores e alguns pedreiros e serventes diaristas estão trocando telhas que foram quebradas durante a forte chuva de sábado (20). A reportagem ainda foi informada que o responsável pelos serviços não estava no local, mas atende por João, que seria mestre de obras da ONG.
Questionados, os trabalhadores não quiseram revelar mais detalhes sobre os reparos e nem o cronograma das obras.
Segundo a moradora Sandra Sales, 29, que teve sua casa parcialmente destelhada os reparos em sua residência foram agendados para segunda-feira (29). “Como não choveu mais conseguimos nos virar com uma lona”, disse.
Casas - As moradias têm 46 metros quadrados com dois quartos, sala, cozinha e um banheiro. Em recente entrevista, moradores que não quiseram se identificar revelaram que as casas foram destelhadas durante o vendaval porque os parafusos que seguravam as capas no telhado eram menores do que o necessário.
E os problemas de infraestrutura vão além do telhado, já que as casas não têm acabamento interno, como forro e reboco.
A reportagem tentou contato com o presidente da ONG, Rodrigo da Silva Lopes, mas ele, novamente, não atendeu o celular.