Operação apreende carro e computador em casa no Rita Vieira
Mãe e filho foram encaminhados para a DEPCA depois da Polícia Civil encontrar arquivos pornográficos em computador
Computador e um carro foram apreendidos pela Polícia Civil na residência de um dos investigados pela Operação Luz da Infância II, deflagrada nesta quinta-feira (17), no bairro Rita Vieira, em Campo Grande. A mulher do suspeito e o filho, de 20 anos, foram encaminhados para a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) para depor como testemunhas. A família contou que o homem não estava no local porque trabalha no interior do Estado.
O computador apreendido era antiga e, segundo a polícia, os envolvidos baixavam um site batizado de “Google negro”. Nele, haviam arquivos corrompidos, mas a polícia conseguiu recuperar e achar os vídeos.
Os policiais que buscaram os arquivos chegaram cedo ao local, mas só conseguiram ter acesso aos arquivos no início da tarde.
Vizinhos contaram à reportagem que a família se mudou para o local no ano passado. A residência é alugada. “Sempre achei estranho, pois eles não são de se relacionar com a vizinhança. O portão da casa mesmo sempre fica aberto. Esquisito isso, até parece que não tem medo de assalto”, disse uma mulher que preferiu não ser identificada.
A operação em Mato Grosso do Sul cumpriu nove mandados de busca e apreensão, cinco na Capital e os demais em três municípios do interior: Dourados, Glória de Dourados e Naviraí. A polícia confirmou até o momento a prisão de seis pessoas – três na Capital e as outras três no interior.
O primeiro suspeito preso na operação é um engenheiro, de 27 anos, flagrado com material pornográfico infantil. Ele foi preso pelo Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros) em uma residência do Coophavila 2 – região sul da Capital.
Horas depois, um estudante, de 23 anos, foi detido no Jardim Colúmbia – também na região sul – por equipes da DEPCA e DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio). Informações preliminares apontam ainda que um policial civil também é alvo da operação.
A operação é coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Cerca de 2,6 mil policiais civis participam da ação, que deteve mais de 100 pessoas hoje. As equipes estão atrás de materiais e arquivos com conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes.
Os alvos foram identificados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública com base em elementos informativos coletados em ambientes virtuais, que apresentavam indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva.