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Capital

Operação do Inmetro combate irregularidades em baterias de carros

Flávia Lima | 28/07/2015 12:32
Técnicos verificam informações e selo do Inmetro em bateria comercializada em auto elétrica. (Foto:Fernando Antunes)
Técnicos verificam informações e selo do Inmetro em bateria comercializada em auto elétrica. (Foto:Fernando Antunes)

Técnicos do Inmetro em Mato Grosso do Sul estão realizando, até sexta-feira (1) a operação "Carro Andando", que acontece em todos os estados e visa combater o comércio de baterias de veículos que esteja fora das especificações do órgão.

A chefe do Setor de Avaliação da Conformidade da Agência Estadual de Metrologia, Ivete da Silva, explica que desde o ano passado as baterias não podem ser comercializadas fora das exigências do Inmetro, por isso, os técnicos verificam a existência do selo que garante a segurança e o desempenho do produto.

Ela também ressalta que os comerciantes visitados pelos técnicos devem apresentar nota fiscal de origem do produto e caso não possua o documento, ele terá dez dias para providenciar a nota, do contrário corre o risco de ser autuado e pagar multa.

Em Campo Grande, os técnicos inciaram a operação nesta segunda-feira e a expectativa é passar por pelo menos 20 estabelecimentos que comercializam baterias automotivas até o final da semana. Segundo os técnicos, na semana passada a vistoria aconteceu em algumas cidades do interior, como Ponta Porã, onde foram encontradas baterias fora das normas especificadas e sem o selo do Inmetro.

No entanto, eles destacam que na Capital, até o momento, nenhuma irregularidade foi observada. Além de verificar se as baterias chumbo-ácido de carros estão sendo vendidas com o selo do Inmetro, os técnicos também verificam a existência das informações como razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador, país de origem, denominação comercial, data de fabricação e validade e tensão nominal em volts. 

Conforme os técnicos que realizaram as vistorias na manhã desta terça-feira (28), o prazo para o fabricante comercializar os produtos sem o selo de garantia do Inmetro expirou em julho de 2013, porém o lojista teve autorização para vender as baterias fora das especificações até julho de 2014. O prazo foi dado para que o comerciante eliminasse o estoque e não ficasse no prejuízo.

Antes das exigências, algumas empresas informavam que a bateria possuía, por exemplo, 60 amperes, mas na realidade, contava só com 40. Os riscos de adquirir uma bateria de procedência duvidosa variam dos prejuízos em utilizar um produto que pode a vida útil reduzida até a explosão do material, além do vazamento de líquidos corrosivos, que prejudicam o meio ambiente e o próprio veículo.

"Era prejuízo para o comerciante também, porque o cliente que descobria, não voltava mais na loja", afirma o proprietário de uma das auto elétricas visitadas nesta terça-feira pelos técnicos, Bahjat Jebaili. Atuando na área há 20 anos, ele aprova a fiscalização e diz que muitas vezes orienta os clientes sobre os produtos, já que muitos não prestam atenção as qualificações das baterias.

"A gente é que acaba zelando pela segurança, avisando sobre a qualidade da mercadoria", diz Bahjat.

O comerciante Alex Cordeiro, que também está no mercado de auto elétrica há mais de 20 anos e também recebeu a visita dos técnicos esta manhã, acredita que a fiscalização ajuda na credibilidade do estabelecimento. 'Quem vem do interior como eu, está acostumado com a prática de confiar em todo mundo porque na cidade pequena todos se conhecem, mas na Capital é diferente", afirma.

Em sua oficina, na Avenida Manoel da Costa Lima, no Bairro Piratininga, ele diz que procura sempre a procedência dos produtos, para evitar a perda de clientes. Na sua opinião, com a atuação mais intensiva do Inmetro nos últimos, o consumidor ficou mais exigente. "As pessoas exigem mais seus direitos. Às vezes ofereço uma determinada marca de óleo e a pessoa nem pega na embalagem", destaca.

Comerciante Bahjat Jebaili diz que fiscalização dá credibilidade aos estabelecimentos. (Foto:Fernando Antunes)
Comerciante Bahjat Jebaili diz que fiscalização dá credibilidade aos estabelecimentos. (Foto:Fernando Antunes)
Alex Cordeiro (dir.) fornece informações ao técnicos do Inmetro e acredita que o consumidor está mais atento às designações dos produtos. (Foto:Fernando Antunes)
Alex Cordeiro (dir.) fornece informações ao técnicos do Inmetro e acredita que o consumidor está mais atento às designações dos produtos. (Foto:Fernando Antunes)
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