Orla Ferroviária atrai usuários de drogas e população pede segurança
Inaugurada em dezembro de 2012 e ativada em maio do ano passado, a Orla Ferroviária está longe de ser um cartão postal da cidade como o projeto inicial prévia. O local está abandonado, vendedores desistiram do comércio e atualmente o que mais se encontra, principalmente no período noturno, são pessoas usando drogas na região.
Hoje, somente dois dos 11 quiosques continuam funcionando e, um deles inclusive, acabou sendo destruído em uma ação de vândalos. O estudante Edemilton Morais, 18 anos, acredita que o fato aconteceu porque as pessoas não se sentem mais seguras ao passar pelo lugar.
“A Orla Ferroviária se tornou um lugar pouco frequentado. Os quiosques já não funcionam mais, por que a clientela sumiu devido a grande quantidade de usuários de drogas. Eu mesmo já fui atacado por eles em uma ocasião. Acho aqui um lugar gostoso, mas só venho quando está cedo ainda”, comentou Edemilton.
A operadora de caixa Quivia Ester Ramos Nogueira, 22, trocou o horário de pegar o ônibus que passa pela Orla Ferroviária temendo ser assaltada. “Tenho medo dos vândalos. Quando preciso pegar ônibus a noite eu subo para outros pontos mais movimentados”, destacou.
Já a estoquista Lourdes Pessoa, 53, disse que o lugar é perigoso por que não existe iluminação adequada. “É super perigoso por que fica muito escuro à noite por causa da falta de postes de iluminação. Aí os bandidos fazem a festa. Caso você seja roubado o jeito é correr mesmo, por que polícia não existe por aqui”, mencionou.
Argumento defendido pelo estudante Mateus Jesus Pelegrino, 18. “Aqui é o tempo todo o pessoal fumando droga. Só existe policiamento quando acontece algum evento público. Desse jeito fica difícil”, informou.
Para solucionar o problema, uma das ideias da Prefeitura Municipal de Campo Grande é transformar o espaço da Orla Ferroviária, que fica entre as avenidas Mato Grosso e Antonio Maria Coelho, em mais uma feira permanente de artesanato, hoje funcionando apenas na Praça do Imigrante.
Outra proposta é que a Fundação de Cultura leve para o local eventos culturais que também sirvam de chamariz de público. Mas, até agora nenhum dos planos foram colocados em prática.