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Capital

Padrasto que estuprou e engravidou adolescente foi ouvido e liberado

Menina ainda está internada, avó afirma que ela pretende ficar com o bebê e família vai dar todo apoio

Ana Paula Chuva | 02/02/2023 14:50
Fachada da DEPCA, onde menina ainda será ouvida em depoimento especial. (Foto: Paulo Francis | Arquivo)
Fachada da DEPCA, onde menina ainda será ouvida em depoimento especial. (Foto: Paulo Francis | Arquivo)

O homem de 36 anos, acusado de estuprar a enteada de 14 anos e engravidá-la, não chegou nem a ficar preso. Por não estar em situação de flagrante e mesmo confessando o abuso, ele foi ouvido e liberado. A menina ainda está no hospital, porque acabou tendo um parto prematuro e, segundo avó paterna, pretende ficar com o bebê.

Ao Campo Grande News, a servidora pública de 53 anos, que terá a identidade preservada para não expor a adolescente, contou que no mesmo dia em que o boletim de ocorrência foi registrado o homem foi solto e a família está inconformada com a situação.

“Soltaram ele por não ser flagrante, no mesmo dia. Minha neta acabou de fazer 14 anos, ainda está no hospital com o bebê. Estamos desolados e inconformados com tudo. O que adianta denunciar? Ele tem que pagar pelo que fez. Ele não pode ficar solto”, afirmou a mulher.

Conforme apurado pela reportagem, o homem chegou a prestar depoimento e confirmou o abuso sexual. Ele foi levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde foi ouvido e liberado.  A menina chegou a contar que foi estuprada pela primeira vez em abril de 2022, mas a família só descobriu o crime no sábado, quando ela passou mal e foi levada para unidade de saúde.

Na ocasião, ficou comprovado que ela estava grávida de 27 semanas e já em trabalho de parto. Ela foi transferida para o Hospital Universitário, onde teve o bebê e está internada. Assim que receber alta médica passará por depoimento especial na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Ainda segundo a avó, a menina pretende ficar com o bebê e eles darão apoio. A intenção é levar os dois para o interior do Estado com ela, onde o pai da adolescente também mora. “O bebê passou por vários exames, ela está sendo acompanhada por psiquiatra. A avó materna também, porque ele era marido dela. A mãe da minha neta pediu medida protetiva e não queremos que o caso caia no esquecimento. Ele tem de pagar por isso”, finalizou a mulher.

O caso foi registrado como estupro de vulnerável e está sendo investigado pela DEPCA.

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