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Capital

Pais não foram avisados e ficaram surpresos sobre professor suspeito de estupro

Caso foi denunciado à polícia na semana passada e suspeito foi afastado pela Secretaria Municipal de Educação

Por Ana Paula Chuva e Bruna Marques | 12/12/2023 13:09
Pai da menina de 6 anos durante entrevista ao Campo Grande News (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Pai da menina de 6 anos durante entrevista ao Campo Grande News (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Na porta da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) onde um professor de 29 anos foi denunciado por estupro de uma menina de seis anos, os pais afirmaram surpresa ao saber do assunto e que não foram informados pela coordenação da unidade que fica na região central de Campo Grande nesta terça-feira (12).

Ao Campo Grande News, a assistente de serviço de saúde Ana Claudia Mortos, 40 anos, contou que o filho de 6 anos estuda na Emei há mais de dois anos e ela nunca teve nenhum problema com a escola. Segundo ela, a informação sobre a suspeita de abuso era uma surpresa e ela se informaria com a direção.

“A escola sempre foi muito zelosa e cuidadosa. Confio neles e acredito que se afastaram o professor é porque eles têm esse cuidado com os alunos e estão observando de perto. Mas fico realmente surpresa porque ninguém avisou nada para os outros pais e agora vou procurar me informar sobre o que aconteceu”, pontuou a mulher.

Além dela, outros pais afirmaram também que não receberam nenhum comunicado ou aviso da escola e que ficaram sabendo do possível estupro nesta manhã. Engenheiro de 30 anos contou à reportagem que tem uma menina de 2 anos que está na Emei há um ano, ele relatou que a notícia gerou uma preocupação e vai procurar saber o que aconteceu.

“Ninguém falou nada, nem que ele havia sido afastado. Deus me livre. Deixo ela aqui para poder trabalhar. Ela fica o dia todo aqui e o que esperamos é um lugar seguro, ficamos preocupados. Vou procurar saber a respeito”, disse o homem que preferiu não se identificar.

Auxiliar de limpeza de 38 anos disse que a filha nunca reclamou de nada sobre a escola, mas também relatou que o suspeito não pertencia ao grupo da menina de 5 anos. “No grupo dela só tem mulheres. Eu não estava sabendo, se for verdade é um absurdo. Acredito que deviam ter nos avisados. Nós cuidamos tanto e agora vou procurar saber o que aconteceu”, declarou.

Já uma mulher que não quis se identificar e tem um filho de cinco anos portador de necessidades especiais contou que o menino está na escola há dois anos e sempre teve todo o apoio e cuidado da direção, professores e coordenação.

“Estou sendo pega de surpresa porque a escola é ótima. Sempre temos bom retorno dos professores, as coordenadoras são atentas, sempre procuraram profissionais para atender o meu filho. Até onde eu sei estava tudo bem na escola”, relatou.

À reportagem, delegado Pablo Farias explicou que o caso foi registrado na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na quinta-feira (7) e que a única coisa que poderia falar é que as investigações estão “bem encaminhadas”, já que não é ele o responsável pelo caso que é tratado em sigilo.

Denúncia – Pai de 34 anos procurou a Polícia Civil na semana passada após a menina de 6 anos relatar ter sido abusada pelo professor dentro do banheiro da Emei. Em depoimento especial na DEPCA, a menina confirmou a história e disse que o suspeito a levou para fazer xixi e quando ela tirou a calcinha começou a tocar em suas partes íntimas.

Em seguida, segundo a vítima, o professor abaixou a calça e pediu para que a menina segurasse o “negócio de fazer xixi” dele sem fazer barulho. Ela conta que pediu para ir embora e o suspeito a levou de volta para a sala de aula.

Ainda ontem, a Semed (Secretaria Municipal de Ensino) informou que afastou o professor até o fim da investigação e que está tomando as medidas cabíveis conforme o regimento interno “que prevê a instauração de sindicância administrativa para averiguação dos fatos”, disse em nota.

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