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Capital

Para ajudar famílias do Mandela, prefeitura recebe doações até à meia-noite

Expediente do Fundo de Apoio à Comunidade foi ampliado para receber mantimentos, roupas e itens de higiene

Por Gustavo Bonotto | 16/11/2023 19:53
Voluntários separam sacos de roupas destinadas a doação. (Foto: Juliano Almeida)
Voluntários separam sacos de roupas destinadas a doação. (Foto: Juliano Almeida)

O FAC (Fundo de Apoio à Comunidade) estará aberto até a meia-noite desta quinta-feira (16) para receber doações. O objetivo, segundo a Prefeitura de Campo Grande, é arrecadar itens variados para distribuição entre as famílias afetadas pelo incêndio que tomou conta da Favela do Mandela, situada no bairro Coronel Antonino, na tarde de hoje.

À reportagem, a diretora de projetos da fundação, Roberta Queiroz, pontuou que o órgão estendeu seu horário de funcionamento para colaborar com as cerca de 140 famílias que perderam objetos de valor e uso diário.

"Queremos ajudar ao máximo nesse momento triste, arrecadando todo o tipo de material até a 00h. Recebemos desde alimentos, materiais de construção, roupas, sapatos, móveis e itens de higiene. Todo apoio é essencial, e para isso, vamos continuar com o mutirão durante toda a semana", disse.

Os interessados em ajudar devem ir até a Avenida Fábio Zahran, 6.000, Vila Carvalho. Informações também são repassadas pelo telefone 67 2020-1361.

Roupas, cobertores e objetos serão distribuídos para famílias que perderam tudo em incêndio. (Foto: Juliano Almeida)
Roupas, cobertores e objetos serão distribuídos para famílias que perderam tudo em incêndio. (Foto: Juliano Almeida)

Entenda - Incêndio atingiu a comunidade do Mandela. Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham para evitar que as chamas se espalhem para o resto dos barracos que resistem no local. Em pânico, vizinhos fizeram uma corrente para ajudar a controlar as chamas e tentar apagá-las com baldes.

Não se sabe ainda como começou o incêndio. Conforme Greicielle Nayara, 29 anos, circulam várias versões a serem apuradas. O fogo se espalhou rápido, porque os barracos são colados um no outro, feitos com madeira, compensado, materiais de fácil combustão.

As famílias aguardavam a remoção para um conjunto habitacional, com previsão de entrega no ano que vem pela Prefeitura, mas sonho ficou adiado porque, após escolher o terreno, a cerca de dois quilômetros dali, foi necessário iniciar o processo de licenciamento ambiental, por se tratar de área vizinha às nascentes do Segredo.

O plano emergencial divulgado pela prefeitura estabelece que os desabrigados serão inicialmente acolhidos no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) da região. Posteriormente, as famílias serão incluídas no programa de “Aluguel Social”, visando garantir condições de moradia temporária.

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