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Capital

Para confirmar versão de acidente, polícia fará reprodução simulada em mecânica

Funcionário foi ferido por tiro nas costas pelo patrão, que manuseava arma, no dia 28 de outubro

Dayene Paz e Bruna Marques | 09/11/2022 11:44
Empresário saindo da delegacia após prestar depoimento. (Foto: Marcos Maluf) 
Empresário saindo da delegacia após prestar depoimento. (Foto: Marcos Maluf)

Para confirmar a versão apresentada pelo empresário Edson Castilho, de 40 anos, de que atirou acidentalmente no funcionário Marcos da Costa Pedroso, de 32 anos, a Polícia Civil fará reprodução simulada dos fatos. O caso ocorreu no dia 28 de outubro, na mecânica onde a vítima trabalhava, na BR-163, em Campo Grande.

Na segunda-feira (7), Edson se apresentou na delegacia, acompanhado de dois advogados e reafirmou a versão que manuseava a arma, quando ela disparou acidentalmente. Na data, foi indiciado pelo delegado Rauali Kind Mascarenhas por homicídio culposo, quando não há intenção de matar e responde em liberdade.

Kind explicou que não pediu a prisão porque Edson está colaborando com as investigações, sendo que entregou a arma e munições. "Iremos fazer reprodução simulada dos fatos no local onde o crime ocorreu para comprovar as alegações do suspeito", disse o delegado ao complementar que mesmo que as perícias e a reprodução simulada comprovem a versão, ele ainda continua indiciado pelo homicídio culposo.

Sobre a arma, o delegado afirmou que Edson tem registro de posse, mas não tem o porte da pistola 9 milímetros. "A Polícia Civil oficiou a Polícia Federal para verificar o local que ele indicou que guardaria essa arma quando ele recebeu o registro. Vamos verificar se essa arma estaria sendo armazenada no local indicado na PF e se constatar que não estava onde ele falou, vai responder por porte ilegal de arma", pontuou.

Ao apresentar o cliente na delegacia, o advogado Willian Maksoud falou sobre o caso. "Ele manuseava a arma e acabou acertando as costas do amigo dele que estava sentado. Eles não tinham problemas, eram amigos há mais de oito anos e se tratavam como pai e filho", afirmou. Ainda, conforme o outro advogado, Cézar Maksoud, Edson não estava com o dedo no gatilho no momento, o que será provado pela perícia.

A família da vítima acredita na versão do empresário. “Ele era um amigo da família. Nós três trabalhamos juntos em uma concessionária, depois ele saiu e montou a oficina e levou o Marquinhos para trabalhar com ele. Os dois já trabalhavam juntos há 8 anos. Não conseguimos falar com ele, mas sei que está muito abalado”, disse o primo de Marcos, Rodrigo Mariano, de 42 anos, durante o velório.

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