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Capital

Para polícia, motorista ainda 'não se tocou' sobre multas mais caras

Guilherme Henri | 05/12/2016 11:40
Trânsito na avenida Afonso Pena na manhã desta segunda-feira (5) (Foto: Alcides Neto)
Trânsito na avenida Afonso Pena na manhã desta segunda-feira (5) (Foto: Alcides Neto)

Mesmo com a multa mais cara, pelo menos uma pessoa é presa por dia dirigindo bêbada pelas ruas de Campo Grande. O dado é do comandante do Batalhão da Polícia Militar de Trânsito, o coronel Renato Tolentino, que revelou que até novembro deste ano 397 pessoas foram presas pela infração.

O que chama a atenção é que o número já supera o total do ano passado, em que 389 pessoas foram presas, o que representa um aumento de pelo menos 2%.

Antes quem era flagrado embriagado ao volante era obrigado a arcar com uma multa de R$ 1.915,40. Mas, pela nova legislação, que entrou em vigor no dia 1º do mês passado, quem cometer a infração irá amargar uma multa de R$ 2.934,70, além de ter a habilitação suspensa por um ano.

Segundo o comandante, embora os dados mostrem um cenário preocupante, ainda é cedo para avaliar os reflexos da nova legislação. “Ainda não temos todos os números do mês de novembro fechados em relação a outras infrações, como por exemplo, excesso de velocidade ou usar o celular no volante, contudo, acredito que o motorista de Campo Grande ainda não ‘se tocou’ que qualquer infração cometida no trânsito irá ‘doer’ muito mais no bolso”, afirma.

Comandante do Batalhão da Polícia Militar de Trânsito Renato Tolentino (Foto: Alcides Neto)
Comandante do Batalhão da Polícia Militar de Trânsito Renato Tolentino (Foto: Alcides Neto)

Sobre os números terem aumentado, o comandante explica que um fator que contribuiu foi o aumento da fiscalização. “Ainda temos muito trabalho pela frente, porém é normal se o trabalho de fiscalização for intensificado os números aumentarem”, justifica.

Prisões e multa – Pela lei é permitido 0,05 miligramas de álcool expelido por ar. Conforme o comandante Tolentino até 0,34% o motorista é multado e tem sua habilitação suspensa por um ano. Caso ultrapasse o número no bafômetro o motorista é multado, perde a habilitação e ainda é preso.

Reincidência - Pela nova legislação agora quem se recusar a fazer o bafômetro e for reincidente em menos de um ano, pagará multa que pode chegar a R$ 5.869,40. Isto corresponde ao valor da multa por infração gravíssima, que passará para R$ 293,47, multiplicado por 20.

Multas mais caras:

Infração leve
- De R$ 53,20 para R$ 88,38 (aumento de 66%)
Exemplos: parar sobre a faixa de pedestres ou calçada, usar a buzina em local ou horário proibidos pela sinalização.

Infração média
- De R$ 85,13 para R$ 130,16 (aumento de 52%)
Exemplos: transitar em horário ou local proibidos (o "rodízio" em São Paulo, por exemplo), dirigir com o braço para fora, farol ou lanterna queimados.

Infração grave
- De R$ 127,69 para R$ 195,23 (aumento de 52%)
Exemplos: estacionar sobre faixa de pedestres ou ciclovia, não dar seta, conduzir o veículo em mau estado de conservação (pneu careca, por exemplo).

Infração gravíssima
- De R$ 191,54 para R$ 293,47 (aumento de 53%)
Exemplos: falar ou manusear celular ao volante, estacionar em vagas reservadas para deficientes e idosos, dirigir sem carteira de habilitação, disputar racha, forçar a ultrapassagem em estradas e recusar fazer o teste do bafômetro.

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