Para reduzir em 3 minutos atendimento do Samu, prefeitura prevê R$ 7,9 milhões
Atualmente, entre a ligação que busca o serviço até a chegada da ambulância, são 22 minutos
O Plano Municipal de Saúde 2022-2025, ainda sob análise do Conselho Municipal de Saúde, prevê inúmeras metas para o setor em Campo Grande, entre elas, a redução em três minutos do tempo resposta de atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Atualmente, entre a ligação que busca o serviço até a chegada da ambulância no local da ocorrência, são 22 minutos de espera. O objetivo é reduzir para 19 até 2025.
Para isso, entretanto, a Prefeitura de Campo Grande vai precisar de mais telefonistas auxiliares de regulação médica (TARM) e mais médicos reguladores na Central de Regulação do SAMU; ampliar o número de plantonistas (noturno, feriado e finais de semana) dos TARM’s, acompanhando o quadro estabelecido nas 24 horas de funcionamento da Central de Regulação; habilitação de mais uma equipe de Suporte Básico de Vida; e duas equipes de motolância. Para tudo isso, serão necessários R$ 7,9 milhões, conforme quadro nesta página.
Conforme detalhado no Plano Municipal de Saúde, a meta de redução de três minutos já estava prevista no plano anterior, de 2018-2021, mas além da pandemia, também atrapalhou o cumprimento da meta o fato de que entre 2018 e 2019, a frota do Samu estava reduzida, só sendo superada a partir de 2019 com a aquisição de 11 viaturas.
Também prejudicaram a meta: alta demanda de transportes de unidades de saúde para hospitais, o que diminui a disponibilidade das unidades móveis para atenderem ocorrências primárias; sistema E-SUS SAMU lento e com muitos travamentos; déficit persistente de recursos humanos para atendimento das chamadas de socorro; e retenção frequente de macas em hospitais.
Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o tempo resposta idela é de 20 minutos, de acordo com o Comitê de Cirurgia de Traumas dos Estados Unidos. “Várias causas de morbimortalidade são minimizadas e obtém melhores resultados assistenciais (redução de mortes, sequelas e sofrimento) quando ocorre o início precoce do tratamento em ambiente pré-hospitalar e posterior encaminhamento para a rede hospitalar pactuada, apropriada para o caso”, cita o plano.
Mais metas – entre as metas previstas até 2025 estão também a elaboração do projeto do Hospital Municipal de Campo Grande; implantação de duas equipes de saúde nos estabelecimentos penais; ampliar em 100% a oferta de procedimentos especializados, como biópsia de tireoide, punção de mama, cintilografia e fisioterapia; ampliar a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de 10 para 18 serviços da rede própria; reduzir de 10 para 08 dias úteis o tempo de espera pelo resultado de exames de Leishmaniose Visceral; e de14 para 05 dias o prazo para o recolhimento de animais doentes, suspeitos ou positivos para zoonoses.
