Pavimentação da MS-040 avança e encerra anos de atoleiro e transtornos
A obra de pavimentação da MS-040, trecho que liga Campo Grande a Santa Rita do Pardo, segue a todo vapor e a população da região já contabiliza os benefícios que o empreendimento pode trazer. A obra faz parte do programa MS Forte, do Governo do Estado em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e vai contar com 209 quilômetros de asfalto.
O cerqueiro Adão Oliveira, 47 anos, que trabalha em uma fazenda localizada no trecho em obras, acredita que a pavimentação vai trazer agilidade para os moradores da região e motoristas que precisam vir à Capital. “Sem asfalto a gente leva de 40 minutos a uma hora para chegar em Campo Grande. É muito tempo para alguém que precisa resolver problemas financeiros ou até mesmo comprar alimentos. Com a pavimentação o tempo que a gente leva para chegar vai diminuir e muito”, comentou.
Segundo a produtora rural Ana Lúcia Barbosa Seron, 53, a obra vai trazer um desenvolvimento, por que os fazendeiros da região terão mais facilidade de levar mercadorias para abastecer o comércio da Capital. “Vai melhorar e muito para que possamos transportar os alimentos para a cidade. Sem falar que vai ser uma porta dos campo-grandenses também levarem suas mercadorias para as cidades do interior”, explicou.
Apesar de dizer que a pavimentação da estrada irá trazer benefícios para a região, Ana Lúcia pede segurança e policiamento na área, após a conclusão da obra. “Aqui vai ficar movimentado e passar muitos caminhoneiros. É perigoso haver roubo, sequestro, ou crime semelhante. Por isso precisamos de segurança depois que a obra terminar”, frisou.
O empreiteiro Lafaiete Luiz Alvez, 32, conta que em dias de chuva ninguém consegue passar pela estrada. Até mesmo o ônibus escolar que leva os alunos para a Escola Agrícola Governador Arnaldo Estevão Figueiredo deixa de passar em dias de chuva.
Para Lafaiete a pavimentação vai ajudar nesse sentido. “Para trafegar aqui de vez em quando só mesmo com caminhonete traçada. Carro de passeio não passa de jeito nenhum. Para você ter noção nem o ônibus escolar consegue passar”, destacou.
Cansado de ficar atolado na estrada, o motorista da escola que busca as crianças na região, Antônio de Souza Pereira, 55, não vê a hora da obra, que teve início no ano passado, ser concluída. “Quando chove não consigo passar para pegar as crianças e elas perdem aulas por conta disso. Às vezes peço ajuda nas fazendas para me ajudar a desatolar com tratores, mas não é sempre que consigo ajuda. Essa obra vai melhorar 100% a vida de todos por aqui”, finalizou.
O engenheiro da empresa Proteco, responsável pela obra no trecho do quilômetro 17 ao 57, Tiago Trevisan, informou que a conclusão está prevista para o mês de outubro deste ano. Ao todo, 180 funcionários atuam no empreendimento. Outras quatro empresas assumiram os outros trechos, mas os prazos de término não foram divulgados pelas mesmas.