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Capital

Peça chega, mas radioterapia no Hospital do Câncer só em 2 semanas

Mariana Lopes | 29/10/2012 12:22
Eunice conta que ontem mesmo um funcionário do hospital ligou para ela agendando a sessão de hoje para a mãe dela (Foto: Minamar Júnior)
Eunice conta que ontem mesmo um funcionário do hospital ligou para ela agendando a sessão de hoje para a mãe dela (Foto: Minamar Júnior)

Após 38 dias com as sessões de radioterapia suspensas, a expectativa é de que o atendimento seja normalizado em até duas semanas no Hospital do Câncer José Abrão, em Campo Grande.

De acordo com o presidente da Fundação Carmem Prudente, mantenedora do hospital, Blener Zan, dos 64 pacientes que estavam na fila para serem atendidos, 60 já foram reagendados.

“Vamos fazer uma força-tarefa com os funcionários, estender o horário, além de atender nos finais de semana e no feriado”, afirma Zen, explicando como será o procedimento para dar conta de normalizar o atendimento.

A peça da câmara de ionização do aparelho de radioterapia, que foi queimada no dia 21 de setembro, após um temporal que atingiu Campo Grande, precisou ser comprada no Reino Unido, por 10 mil dólares, pois no Brasil ela não é comercializada, e chegou à Capital no sábado (27), quando foi instalada imediatamente por um técnico especializado que veio de Curitiba.

Na manhã de hoje, o setor de radioterapia atendeu 15 pacientes. Na sala de espera, Eunice Pereira Gonçalves, 56 anos, acompanhava a mãe, que teve que interromper o tratamento quando a peça queimou.

“Ela já tinha feito a quimioterapia e estava na segunda sessão da radioterapia. Ela ficou esse tempo sem o tratamento, daí ontem eu recebi a ligação do hospital agendando uma sessão para hoje”, conta Eunice.

Segundo Blener Zan, dos 64 pacientes que estavam na fila para serem atendidos, 60 já foram reagendados. (Foto: Minamar Júnior)
Segundo Blener Zan, dos 64 pacientes que estavam na fila para serem atendidos, 60 já foram reagendados. (Foto: Minamar Júnior)

Porém, mesmo com todo o esforço para normalizar as radioterapias, Blener Zan pondera o uso do equipamento. “É uma máquina que já tem 15 anos, precisa ser cuidada, mesmo que façamos a manutenção periódica, a cada três meses, não podem forçar além do que ela pode oferecer”, explica o presidente da fundação.

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