Pedreiro é investigado por vender imóveis de vítimas que matava e enterrava
Em pelo menos um caso já foi identificado que Cleber vendeu o 'direito de posse' de parte de um terreno de vítima
O pedreiro Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, suspeito de matar pelo menos cinco pessoas e enterrar os corpos, é investigado por vender imóveis de vítimas que matava com uma pancada na cabeça.
Com prisão preventiva decretada desde a semana passada, Cleber foi encontrado por volta das 2h desta sexta-feira (15) por equipes do Batalhão do Choque no Bairro Campo Belo, na saída para Cuiabá. Ele era procurado por matar José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, e enterrar o corpo no quintal, para ficar com a casa dele.
A reportagem apurou que em pelo menos um caso já foi identificado que Cleber vendeu o 'direito de posse' de parte de um terreno de vítima. A pessoa não tinha escritura. Ainda conforme apurado pela reportagem, a irmã de Cleber estava morando na casa de José de Jesus de Souza, 45 anos, desaparecido desde fevereiro deste ano na região da Vila Nasser. O corpo dele foi localizado por volta das 3h desta madrugada em área próximo à Rua Ráza, no Bairro Sírio Libanês.
À polícia, Cleber disse que matou José com o cabo de uma ferramenta depois de desentendimento com a vítima. José era da Bahia e não tinha familiares na cidade. Ele trabalhava com Cleber fazendo serviços braçais. Conforme o delegado Carlos Delano, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), o perfil das vítimas era sempre o mesmo. Elas moravam sozinhas e não tinham parentes na cidade.
Buscas - As buscas pelo segundo corpo começaram por volta das 6h. As equipes ainda procuram pelos restos da vítima, que segundo Cleber, foi enterrada às margens da Avenida José Barbosa Rodrigues, no Bairro Santo Amaro. Uma retroescavadeira foi acionada para ajudar. O homem que ainda não teve o nome divulgado está desaparecido há mais de 2 anos e também não tinha família na Capital. Cleber ajuda nas escavações.
Prisão preventiva - Cléber estava com prisão preventiva decretada depois que a filha, Yasmin Natacha Souza de Carvalho, 19 anos, e a mulher, Roselaine Tavares Gonçalves, 40 anos, foram presas em flagrante pela morte de José Leonel. Yasmin relatou à Polícia Civil que José Leonel foi morto em casa, na Vila Nasser, golpeado na nuca com haste de ferro. Ela e o pai arrastaram o corpo para a varanda e Cléber enterrou a vítima em uma cova rasa, nos fundos da casa. Ela e a mãe foram presas por ocultação de cadáver. Roselaine não participou, mas tinha conhecimento do crime.