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Capital

Perseguida por músico que matou ex, mulher relata cerco: "não era normal"

Adminstradora relata que homem foi até a sua casa e chegou a mandar mensagens, insistentemente, por 3 meses

Por Silvia Frias | 13/02/2025 15:33
Perseguida por músico que matou ex, mulher relata cerco: "não era normal"
Caio Nascimento foi preso ontem, depois de matar a ex-noiva, Vanessa Ricarte (Foto/Reprodução)

“Quero deixar alerta que esse tipo de comportamento obsessivo, quando o cara liga muito, procura muito, não é sinal de paixão, é sinal de que algo não tá certo, é comportamento de alguém que é desequilibrado”.

RESUMO

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A administradora Renata*, de 40 anos, compartilha sua experiência de perseguição pelo músico Caio Nascimento Pereira, que recentemente assassinou a jornalista Vanessa Ricarte. Em 2018, após um breve encontro em um bar, Renata foi alvo de insistentes contatos de Caio, que descobriu seu endereço e telefone, enviando mensagens ameaçadoras. A situação durou três meses, até que Renata buscou ajuda judicial e a PM interveio. Mesmo após anos, Caio tentou novo contato, alegando mudança de comportamento. Renata alerta que comportamentos obsessivos não são sinais de paixão, mas de desequilíbrio.

Desde ontem, a administradora de empresa Renata*, de 40 anos, acompanha, horrorizada, as notícias sobre a morte da jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, assassinada a facadas pelo ex-noivo, o músico Caio Nascimento Pereira, 35 anos. Lembrou-se imediatamente do período em que foi perseguida por ele, insistência que assustou desde o começo.

Em 2018, Renata foi a um bar com amigos e foi apresentada ao músico e os dois apenas conversaram. “Não fiquei com ele, não passei meu telefone”, contou. Depois, ela descobriu que o músico era casado e evitou qualquer contato. “Mas ele descobriu onde eu morava, foi à minha casa”, disse. Ela pediu que ele fosse embora, assustada com a aproximação.

A administradora conta que ele também descobriu o telefone. “Ligava, mandava mensagem no Face, no Insta, insistentemente”, diz. Uma delas até soava como ameaça. “Em qualquer lugar que você estiver, vou te encontrar”, lembra Renata. Depois, ele pedia “por favor, não quero implorar mais”.

Dias depois do encontro no bar e das investidas, ela o bloqueou. “Achei bizarro, já tinha descoberto que era casado, não ficou comigo, não me conhecia, só vi uma vez e, essa insistência era anormal”.

Depois de bloqueá-lo pelas redes sociais, o músico passou a mandar SMS. “Até pouco tempo eu tinha todos os prints, porque tinha medo do que ele ainda pudesse fazer”, diz Renata.

As mensagens chegavam a qualquer hora do dia e até de madrugada. “Vou aceitar seu pedido de desculpas por me bloquear” foi uma das mensagens após ela tentar cortar qualquer aproximação dele. Também a convidava para ir ao local que ele iria tocar. “Dá para você ir tranquilo (...) melhor que ter um cara lá às 2h da manhã, na frente do seu condomínio”.

A perseguição durou cerca de três meses, até que ela pediu ajuda de um amigo que trabalha no Judiciário. Depois disso, a PM (Polícia Militar) foi acionada e Caio sumiu. “Essa insistência, gerada pelo não, ela não é normal, pessoa normal não age dessa forma”, avaliou a administradora.

Há dois anos, Renata foi surpreendia por mensagem de Caio, ainda por SMS. “Ele dizia que tinha mudado, que estava na igreja”. O músico voltou a insistir para vê-la, mas ela se recusou.

Nos três meses em que ele insistia o contato, Renata evitava a qualquer custo encontrar o músico. "Se eu sabia que ele iria tocar em algum lugar, nem ia”, contou.

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