Idosos têm benefícios suspensos por falta de atualização cadastral
A SAS informou que vai abrir processo seletivo para ampliar o número de entrevistadores sociais
Moradores da região norte de Campo Grande reclamam da falta de atendimento no Cras Henedina Hugo Rodrigues, localizado na Rua Jacy Maria de Azevedo, no Bairro Vida Nova, em Campo Grande. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
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Moradores da região norte de Campo Grande enfrentam dificuldades no Cras Henedina Hugo Rodrigues, com benefícios suspensos por falta de atualização do CadÚnico. A Secretaria Municipal de Assistência Social planeja abrir processo seletivo para aumentar o número de entrevistadores sociais e atender a demanda. A situação se agravou após novas regras federais exigirem atualizações cadastrais domiciliares, sem aviso prévio aos municípios. A gestão municipal busca soluções para minimizar o impacto, incluindo ações nos finais de semana.
Conforme Beatriz Telecher, algumas famílias que dependem de programas sociais tiveram os benefícios suspensos por não conseguirem realizar a atualização do CadÚnico (Cadastro Único). “É um verdadeiro 'empurra-empurra', ninguém fornece informações e os atendimentos são desrespeitosos”, disse.
Ainda conforme Beatriz, há idosos que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada) Loas (Lei Orgânica da Assistência Social) e estão com o benefício suspenso porque o Cras não fez a atualização cadastral necessária. Ela citou como exemplo o caso de Antônia Cornélio, de 71 anos. "A idosa mora de aluguel e está sem receber há dois meses. Agora, falaram para ela aguardar, que iriam fazer uma visita à casa dela”, reclamou.
Por meio de nota, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) informou que, no fim do ano passado, o Governo Federal publicou novas regras para as famílias unipessoais receberem benefícios do Programa Bolsa Família e de Prestação Continuada.
A partir de então, para fins de concessão ou manutenção de benefício, é necessário que a atualização ou inscrição cadastral seja realizada, obrigatoriamente, no domicílio da pessoa. Dessa forma, a quantidade de visitas aumentou significativamente, e não houve, por parte do Governo Federal, aviso prévio para os municípios se planejarem com antecedência para atender, em tempo hábil, o decreto.
“Entretanto, a gestão municipal, desde então, vem se organizando e abrirá processo seletivo para ampliar o número de entrevistadores sociais, a fim de conseguir atender e amenizar o impacto da mudança na vida das famílias unipessoais que precisam do benefício. Também vêm sendo realizadas ações nos finais de semana para atender o maior número de pessoas que têm dificuldade para procurar as unidades do Cras em dias úteis”.
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