Pichadores não poupam nada e transformam avenida em “rabisco”
Há pouco menos de um ano, a Avenida Manoel da Costa Lima, região da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), tornou-se alvo frequente de pichadores que não poupam nada: de grandes prédios a pequenos letreiros, transformando a via em um “verdadeiro rabisco”, trazendo constrangimento a moradores e comerciantes.
Empresários da região relatam que as pichações começaram há quase dois anos, mas foi do inicio do ano para cá, que começaram a aparecer com mais frequência nos muros, fachadas, letreiros e portões de casas e comércios. “Ninguém escapa”, relata o comerciantes Joaquim Barros, 49 anos.
Joaquim diz que a ação dos pichadores, a qual ele é taxativo em dizer ser “criminosa”, acontece com mais frequência durante as madrugadas e fins de semana. “A gente não sabe quem é, só que passa o fim de semana, se a gente limpa, amanhece pior”, disse.
A reportagem constatou durante a tarde de hoje, que além do constrangimento de ter a fachada de seu estabelecimento “rabiscada”, os comerciantes precisam tirar do próprio bolso quantias significativas para apagar os rastros de vandalismo.
O porteiro de uma empresa do ramo alimentício,que não quis se identificar com medo de represálias, diz que a ação dos pichadores é constante e infelizmente os comerciantes e moradores estão de mãos atadas, reféns do vandalismo. Segundo ele, a empresa já foi alvo de pichações por quatro vezes, somente este ano.
“Geralmente é tudo molecada que não quer nada da vida. A gente não pode fazer nada se não é preso. E ai tem que ficar fazendo a manutenção. A gente apaga e eles voltam e rabiscam tudo de novo”, disse.
Morador da região há mais de 20 anos, o vendedor Patrick Kaczan, 23 anos, afirma que além de deixar a avenida “morta e feia”, as pichações trazem problemas ainda maiores. Segundo ele, é constante a aglomeração de usuários de drogas nos locais onde são feitas as pichações.
“Eu não sei se essas pichações têm a ver com o uso de droga, mas nos fins de semana aqui fica terrível. E geralmente eles estão nesses pontos onde tem pichações. Usando troca, falando alto. É muito perigoso”, relatou.