Plano prevê fim de irregularidades na Maternidade Cândido Mariano até 2026
Sanitárias e de segurança, elas motivaram ação judicial movida pelo Ministério Público cobrando providências
A Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, apresentou um plano para sanar, até fevereiro de 2026, todas as irregularidades sanitárias e de segurança questionadas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em ação judicial movida desde o ano passado. Uma audiência de conciliação para tratar do caso foi reagendada para 24 de setembro.
O último relatório de inspeção da Vigilância Sanitária estadual realizado no local foi produzido em fevereiro deste ano. Em avaliação a 242 itens que devem ser cumpridos pelo hospital, concluiu-se que 98 seguiam com inconsistências, sendo 45 delas consideradas críticas.
O documento destacou, ainda, que 54% das adequações que ainda precisavam ser feitas diziam respeito ao monitoramento da qualidade do serviço prestado e aos processos de trabalho que devem ser seguidos pelos funcionários de cada setor.
Entre elas, estão algumas relacionadas ao controle de infecção hospitalar, como a ausência de análise microbiológica da água usada em fórmulas lácteas. Outra está ligada aos protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, como o incentivo à amamentação na primeira hora de vida do bebê. São mais destaques a falta de desfibrilador em um setor e uso de um antigo em outro, além de irregularidades relacionadas à lavanderia do hospital e à falta de manutenção preventiva em aparelhos.
Em maio, a maternidade demonstrou à Justiça que resolveu parte dos problemas, inclusive a falta de alvará emitido pelo Corpo de Bombeiros, mas que ainda restavam outros que dependiam do envio de recursos públicos à instituição para serem solucionados. O hospital atende pacientes com planos de saúde e os do SUS (Sistema Único de Saúde). A maioria deles vêm da rede pública.
Valores - Por sua vez, o Estado de Mato Grosso do Sul pediu que fossem feitos orçamentos e a audiência de conciliação para decidir sobre os recursos solicitados.
Apresentadas em julho, as estimativas de custo giram em torno de R$ 18 mil para executar a obra e compras de materiais de construção que variam de R$ 9 mil a R$ 6 mil. O valor total estimado não foi informado pela maternidade no processo judicial.
A reportagem entrou em contato com a Maternidade Cândido Mariano para que se manifestasse nesta matéria. Ainda não houve retorno, mas o espaço segue aberto.
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