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Capital

PM envolvido em confusão diz que atirou 9 vezes para se defender

O cabo chegou dirigindo um VW Gol, estacionou no pátio do 5º DP e acompanhado por um policial entrou na delegacia

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 18/12/2019 09:59
Policial militar (de camisa listrada) chegando na delegacia (Foto: Henrique Kawaminami)
Policial militar (de camisa listrada) chegando na delegacia (Foto: Henrique Kawaminami)

O cabo da Polícia Militar identificado apenas como Alan envolvido em confusão que terminou com 4 baleados numa conveniência, na Vila Piratininga, na madrugada de segunda-feira (16), se apresentou à Polícia Civil acompanhado pelo advogado, nesta quarta-feira (18). Ele chegou em um VW Gol preto, estacionou no pátio do 5º DP e não falou com a imprensa. 

Segundo o advogado de defesa do PM, Amilton Ferreira de Almeida, o cliente alegou legítima defesa, pois no dia do fato havia uma briga envolvendo dois grupos e atirou 9 vezes para sua defesa e a de terceiros. Ele relatou, conforme Amilton, que fazia 10 minutos que havia chegado no estabelecimento acompanhado pela sobrinha e a amiga dela, quando chegaram duas turmas, uma delas em um carro na contramão.

Na sequência, iniciou-se uma discussão entre os grupos. Um dos rapazes que acabou baleado, segundo a defesa do policial, se intitulava filho de coronel da PM, era o mais exaltado e agrediu seu cliente, que até então não estava envolvido na briga, com tapa na nuca e chute nas costas. Esse mesmo rapaz chegou a tomar a camiseta de duas pessoas no local.

O policial relatou ao advogado que só sacou a pistola depois que um conhecido dele agredido por um dos grupos, correu em sua direção pedindo por socorro. “O PM, então, passou a ser agredido por vários homens e para se defender, sacou a arma, se identificou como policial, mas não teve jeito”, contou.

Local onde ocorreu a briga na madrugada da última segunda-feira (Foto: Marcos Maluf)
Local onde ocorreu a briga na madrugada da última segunda-feira (Foto: Marcos Maluf)

O suposto filho do coronel, segundo o advogado, ainda tentou tomar a arma do cabo, mas sem sucesso. Nesse momento, o PM tentou atirar, mas a arma travou. Depois disso, conseguiu destravar a pistola .40 (arma de uso restrito das forças policiais) e atirar por nove vezes.

Um dos suspeitos foi atingido no pé. O cabo relatou à defesa que solicitou reforço policial e ajuda do Corpo de Bombeiros e, só saiu do local para ir atrás do colega agredido. Depois da fuga do grupo, ligou para o advogado informando a situação. “Meu cliente queria voltar para a conveniência. Eu orientei que fosse embora para a casa. No dia seguinte negociaria com o delegado a apresentação dele”, explicou Amilton. A ação foi filmada por câmeras de segurança e as imagens podem ajudar a polícia durante as investigações. No local foram encontradas diversas cápsulas de pistola .40. 

Caso - Quatro homens foram feridos a tiros em confusão que envolveu as torcidas organizadas do Vasco da Gama e do Corinthians. Todos foram atingidos nas pernas e nos pés. No local, foram encontradas quatro pessoas feridas: Ederson Barbier da Silva, 34 anos, Fabiano Gutoski dos Santos, 36 anos, Gledson Gilmar Gimenes Borges, 29 anos, Wallace Arce Centurião Machado, 24 anos, todos integrantes da torcida organizada do Vasco da Gama. A informação é que eles brigaram com integrantes do Pavilhão 9, a torcida do Corinthians. Na confusão, um homem não identificado, que estava acompanhado de duas mulheres, atirou na direção dos vascaínos.

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