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Capital

PM monta esquema à espera de menos gente nas ruas domingo

Natália Moraes | 14/04/2016 15:56
Manifestação no dia 13 de março, em Campo Grande, quando cerca de 100 mil pessoas foram às ruas (Foto: Marcos Ermínio)
Manifestação no dia 13 de março, em Campo Grande, quando cerca de 100 mil pessoas foram às ruas (Foto: Marcos Ermínio)

A Polícia Militar acredita que a votação do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), no próximo domingo (17), levará menos gente às ruas de Campo Grande em relação a manifestações anteriores de caráter político. Por isso, definiu reforço de 50 policiais para alguns pontos da cidade.

O reforço acompanhará, principalmente, ato contra o governo, na Avenida Afonso Pena em frente ao MPF (Ministério Público Federal). Segundo o comandante de Policiamento Metropolitano da PM, coronel Waldir Acosta, a previsão é que haja um número menor de manifestantes do que no ato ocorrido no dia 13 de março, que reuniu 100 mil pessoas.

Mesmo assim, a PM informa que ficará em plantão caso seja nessário. Parte da via será interditada para que os manifestantes possam acompanhar a votação em um "telão".

Os manifestantes estão acampados há praticamente um mês na Avenida Afonso Pena. Segundo o estudante Lucas dos Santos, do Chega de Impostos, o grupo permanecerá no local e montará a estrutura para acompanhar a votação, que incluirá uma televisão led.

De acordo com ele, a estrutura foi financiada com o dinheiro do próprio bolso dos manifestantes, que conseguiram desconto dos empresários. Lucas estima a participação de 2 mil pessoas acompanhando a votação. "Vamos levar fogos, trio elétrico, estamos muito confiantes".

Apenas o Chega de Impostos estará presente em Campo Grande no domingo, já que a maioria dos membros dos grupos Avança, Fora Corruptos, Reaja Brasil, entre outros, viajam a Brasília (DF). Segundo Fabrícia Sales, do Fora Corruptos, amanhã 20 pessoas do grupo vão em um avião e mais 45 em um ônibus. "Os produtores rurais também vão", comenta.

De acordo com Maria Tereza, integrante do movimento Reaja Brasil, apesar de não haver uma carreata programada, ela e os amigos se reunirão em um movimento espotâneo para comemorar o impeachment. "No domingo não vamos fazer uma ação maior, mas teremos uma carreata para a vitória". O grupo deve sair dos altos da Afonso Pena. Além disso, no sábado, eles estarão no Obelisco convidando a população a vestir verde e amarelo para "mostrar o patriotismo".

Impeachment - No domingo (17) o plenário vota o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que foi aprovado pela comissão especial na Câmara dos Deputados na segunda-feira (11) com 38 votos a favor e 27 contra.

Se o processo de impeachment for aprovado no domingo, a presidente é afastada por 180 dias do cargo, e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume a presidência. Depois desse período, o Senado vota a cassação de Dilma Rousseff. Caso não seja aprovado, o processe é encerrado.

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