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Capital

Polícia busca perfis nas redes sociais para monitorar ameaças em escolas

"Alarme falso" e mensagens escritas nas paredes de escolas amedrontam pais e alunos

Izabela Cavalcanti, Caroline Maldonado e Jéssica Benitez | 12/04/2023 11:49
Subcomandante da Polícia Militar, coronel Neidy Nunes, no lançamento do plano de segurança nas escolas (Foto: Marcos Maluf)
Subcomandante da Polícia Militar, coronel Neidy Nunes, no lançamento do plano de segurança nas escolas (Foto: Marcos Maluf)

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul está verificando os perfis de jovens e crianças nas redes sociais para poder monitorar os casos de ameaças nas escolas. Nesta quarta-feira (12), estão sendo anunciadas pelo governo várias medidas de segurança nos colégios da rede pública estadual.

De acordo com informações da subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Neidy Nunes, os casos de denúncias são investigados e a partir disso é feita visita em casas e escolas e observado “todo o perfil que essa criança tem”, segundo ela.

“Às vezes, colocou só por achar que é bonitinho e não é bonitinho. A gente queria trazer uma conscientização para que pais orientassem muito”, completa.

Secretário de Educação do Estado, Hélio Daher, durante coletiva sobre medidas de segurança nas escolas (Foto: Marcos Maluf)
Secretário de Educação do Estado, Hélio Daher, durante coletiva sobre medidas de segurança nas escolas (Foto: Marcos Maluf)

O secretário de Educação, Hélio Daher, acredita que a situação está causando alvoroço pelos boatos e não pelos ataques.

“A grande situação que ocorre agora é a ‘boataria’ muito mais do que ataques. Tem tido muita troca de Whatsapp. Está sendo uma tensão natural, principalmente, em função do que sai na internet”, destaca.

Ainda de acordo com Daher, foi pedido ao governo federal monitoramento virtual mais intenso com publicações que acabam incentivando os jovens.

Com isso, os diretores de todo o Estado vão ser orientados em como proceder diariamente e como lidar com os boatos, além de ser necessário informar para a polícia.

Além disso, na tarde desta quarta-feira, o secretário vai receber uma comissão do Paraná e semana que vem uma de São Paulo, que virão a Mato Grosso do Sul saber sobre o sistema de videomonitoramento usado pelo Estado.

Conforme a delegada-geral adjunta da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Rozeman Geise Rodrigues, desde segunda-feira, já está em funcionamento um plano de como agir em caso de divulgação nas redes sociais. A escola precisa avisar a Polícia Civil sobre as mensagens de ameaças que circulam entre os alunos.

Entenda – Após caso de massacre em uma creche de Blumenau, Santa Catarina, diversas ameaças e alarmes falsos começaram a surgir, provocando medo nos pais.

Na semana passada, a PM (Polícia Militar) recebeu seis chamados para ocorrências em escolas de Campo Grande. Chegou a haver revista de alunos, mas as ameaças não passavam de trotes.

Nesta segunda-feira (10), chegaram ao Campo Grande News dez denúncias de “atentados” em colégios da rede municipal e estadual da Capital – nos bairros Universitário, Recanto dos Rouxinóis, Pioneiros, Centro Oeste, Aero Rancho, Caiçara, Guanandi, Coophavilla 2 e Lar do Trabalhador. A maior parte delas feitas pelos pais dos alunos e que também eram alarmes falsos.

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