Polícia fecha empresas que vendiam consórcio como se fosse financiamento
Empresa já havia sido interditada e hoje, fechou em ação da polícia, Procon, Ministério do Trabalho e Creci
A Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) fechou nesta sexta-feira (3), duas empresas que ficam na Avenida Afonso Pena, entre a Rua 14 de Julho e Avenida Calógeras. Elas são acusadas de aplicar golpes do consórcio em clientes de Campo Grande. Não é o primeiro caso do tipo na cidade.
De acordo com o delegado Paulo Sá, titular da Decon, o golpe consiste em oferecer, pela internet, financiamento de imóveis e veículos, como se o bem fosse entregue imediatamente, inclusive, para pessoas negativadas, sem burocracia. No entanto, o que as vítimas estavam assinando era contrato de consórcio, que depende de lance ou sorteio para que sejam contempladas.
Ainda segundo o delegado, os suspeitos "printavam” anúncios de sites e vendiam como se os bens fossem deles.
Quando os policiais chegaram ao local hoje, se depararam com uma vítima, que foi até a empresa entregar R$ 10 mil, com a expectativa de dar entrada em um carro modelo Saveiro e sair dirigindo o veículo. A mulher contou à polícia que a vendedora disse a ela que assim que efetuasse o pagamento, já sairia com o utilitário.
As empresas já foram interditadas pelo Procon (Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor) no passado e alguns vendedores foram autuados pelo Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) por exercício irregular da profissão.
O local foi fechado e duas pessoas foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos. O caso foi registrado com propaganda enganosa e estelionato.