Polícia já tem suspeito por execução de entregador no Aero Rancho
Jedson Domingues Garais foi executado em frente da farmácia em que trabalhava, no Aero Rancho
A Polícia Civil informou que já tem um suspeito da morte do entregador Jedson Domingues Garais, 27 anos, executado com pelo menos 14 tiros nesta manhã, na Avenida Rachel de Queiroz, no Aero Rancho. No entanto, não foram repassados mais detalhes.
O delegado plantonista Willian Rodrigues de Oliveira Junior confirmou que a arma usada no crime é uma pistola 9 milímetros, sendo disparados de 12 a 14 tiros. Ele não quis dizer se a morte tem conexão com outras duas execuções ocorridas no fim de semana em Campo Grande, em que o calibre usado era o mesmo.
As duas execuções aconteceram na noite de sábado (4). Victor Mergareno Benvindo, 18 anos, foi morto por dois homens em uma motocicleta, na Vila Nhanhá. Cerca de uma hora depois, Renan de Camargo Cândido, 31 anos, foi assassinado com 16 tiros de pistola 9 milímetros, no Jardim Macaúbas.
O delegado apenas se limitou a dizer que não poderia falar sobre o assunto para não atrapalhar as investigações.
Feliz – A comerciante Ketlen Caroline foi avisada por amigos sobre a morte de Jedson Garais. O rapaz trabalhava para ela à tarde e durante a noite, entregando açaí. De dia, ele fazia o turno da manhã como entregador na farmácia na Avenida Rachel de Queiroz. Foi na calçada do estabelecimento que ele foi executado.
“Ele era super feliz, uma pessoa tranquila, que não tem o que falar”, disse. “Ele brincava com meu filho, estava super bem”. Ketlen lembrou que o rapaz havia trabalhado na noite anterior na entrega das encomendas, saindo por volta das 23h.
Quando foi avisada, ficou em choque, mas resolveu ir ao local para verificar se a esposa da vítima precisava de ajuda. A mulher de Garais foi ao local do crime, mas não quis falar com a imprensa.
Antecedentes – Garais já teve condenação por tráfico de drogas em 2015, sendo condenado a cinco anos de prisão. Inicialmente, a sentença era no regime semiaberto, onde cumpria no Estabelecimento Penal da Gameleira.
Em 2017 foi flagrado por policiais da Gameleira embaixo de Gol parado dentro do estabelecimento. No local, os militares encontraram 20 porções de maconha no para-choque do veículo, totalizando 434 gramas da droga.
No processo, consta que ele chegou a confessar que a droga era de propriedade dele e que venderia para outros presos na Gameleira, mas, depois, desmentiu a versão, dizendo que estava abaixado para pegar uma porção de maconha que havia escondido na areia. A Justiça acabou decidindo pela absolvição, já que a droga não foi encontrada com ele.