Polícia ouve cuidadora sobre morte de idoso que morreu na quimioterapia
A Polícia Civil de Campo Grande vai ouvir hoje (10), às 17h, o depoimento de uma mulher identificada apenas como Elza, que seria a cuidadora do idoso Adolfo Coelho de Souza, vítima de um suposto erro médico durante tratamento de câncer na Santa Casa. A hipótese é de que o homem de 82 anos tenha sido submetido a uma quimioterapia por mais tempo do que o recomendado.
De acordo com a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, Elza acompanhou Adolfo durante o tratamento e, inclusive, testemunhou a sessão de quimioterapia a qual ele foi submetido. “Ela acompanhou todo o procedimento e tem detalhes sobre o que pode ter acontecido”, explicou a delegada.
A polícia investiga a informação de que o tempo de infusão do medicamento, que deveria ser feito gradativamente ao longo de cinco dias, foi realizado de uma só vez, em poucas horas. Logo após a sessão, o idoso começou a apresentar reações adversas e morreu no dia 29. O erro consta em um documento cedido pelo médico Henrique Ascenço, diz a delegada.
Além desta, a 1ª DP também apura as mortes de Carmen Insfran Bernad, Norotilde Araújo Greco e Maria da Glória Guimarães. A três morreram após quimioterapia aplicada por profissionais do Centro, empresa que prestava serviços à Santa Casa, mas que depois que os casos vieram à tona, teve o contrato cancelado. A unidade de saúde já anunciou que vai interromper os serviços do setor.