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Cidades

Polícia ouve familiares de PM morto a tiros em borracharia

Ana Paula Carvalho | 07/10/2011 17:29
Populares se aglomeraram em frente a borracharia onde PM foi morto. (Foto: João Garrigó)
Populares se aglomeraram em frente a borracharia onde PM foi morto. (Foto: João Garrigó)

O delegado que investiga a morte do policial militar da reserva, Humberto Aparecido Rolon, de 40 anos, já ouviu a esposa e o irmão da vítima e os funcionários da borracharia onde ele foi executado.

Agora, os trabalhos, continuam para tentar identificar o autor dos cinco disparos que atingiram as costas do policial e o condutor da moto em que ele fugiu. A Polícia investiga se câmeras flagraram a dupla durante a fuga.

O delegado solicitou à Corregedoria da Polícia Militar informações sobre o período em Rolon atuou na corporação, mas ainda não teve retorno.

O caso - Dois homens em uma moto, pararam em frente à farmácia, o garupa desceu e, sem capacete, se dirigiu a borracharia. Ele efetuou cinco tiros a queima roupa contra as costas do PM que estava agachado vendo um pneu.

Quatro pessoas estavam no local, mas alegaram que “tudo aconteceu muito rápido”.

Enquanto isso, o condutor da moto deu a volta na quadra e parou em frente ao estabelecimento. O atirador subiu novamente na garupa e os dois fugiram em direção à avenida Guaicurus.

Rotina - De manhã, o policial esteve na borracharia para arrumar o pneu de uma moto. Segundo relatos, ele trabalha em uma empresa próxima do local.

À tarde, ele ficou de voltar para pagar pelo conserto. Assim que chegou em um carro Fiat Siena, parou e foi atendido por um vendedor. Os dois estavam agachados no momento dos tiros.

Mais quatro pessoas estavam dentro do estabelecimento. Eles relataram que tudo foi muito rápido e por isso não conseguiram identificar o homem que efetuou os disparos.

O delegado acredita que o crime tenha sido encomendado.

Execução - O Ministério publico Estadual, denunciou, em 2003, o policial como um dos autores da execução Altair Cavalheiro Flores Neto, no dia 21 de dezembro de 2003.

De acordo com a denúncia, Humberto Aparecido Rolon, Celso Rodrigues Romeiro, Carlos Icassatti e Miguel Icassati foram contratados pelo ex-comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Porã, Gibson de Jesus Maroni Cabral para cometer o crime.

A execução teria sido encomendada, segundo o MPE, porque Altair teria se desentendido, em Jardim, com o filho do ex-comandante, Bruno de Matos Maroni. Ele foi assassinado com mais de 20 tiros de revólver calibre 38 e pistola 9mm.

Indenização - Em 2010, Rolon entrou com uma ação de indenização por danos morais contra o Estado. Ele pedia R$ 200 mil.

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