Polícia recolhe galinhas e patos em terreno de defensor público aposentado
Alvo de reclamações há cinco anos, o local será limpo por equipes da Decat, CZZ e Vigilância Sanitária
Ação coordenada pela Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista) recolhe galinhas, patos e marrecos criados por um defensor público aposentado em um terreno no Vilas Boas, em Campo Grande. Manter os animais no perímetro urbano é proibido por lei municipal, por isso, as equipes fazem a apreensão de toda a criação na manhã desta terça-feira (21).
Os animais são criados pelo defensor, de 72 anos, em um terreno em frente à casa dele, na Rua do Cruzeiro. Há pelo menos cinco anos, o local é alvo de reclamações de vizinhos, fiscalização da polícia e notificações. Até abaixo-assinado para acabar com a área foi feito.
Apesar das frequentes ordens para retirada dos animais da cidade, o morador nunca tomou nenhuma providência. “Por isso, precisei de uma ordem judicial para conseguir recolher todos os animais daqui. Ter esse tipo de criação no perímetro urbano é proibido pela Lei Complementar 148, de 23 de dezembro de 2009”, explicou o delegado Maércio Alves Barbosa.
A legislação municipal, no artigo 70, impede que animais da espécie suína, bovina, ovina, caprina, equina e galináceos sejam mantidos na zona urbana.
Além dos animais, as equipes encontraram focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e, por isso, o defensor ainda deve responder por poluição. “A própria criação de galinhas configura crime de poluição, por conta da sujeira”, afirmou o delegado.
Os animais são recolhidos, colocados em gaiolas e contabilizados. Depois disso, todos serão levados para uma chácara na região da Gameleira, local indicado pelo próprio defensor público. Além disso, o terreno será limpo. Por todo o espaço há muito entulho, que hoje também será retirado pelas equipes.
Policiais da Decat, agentes da perícia, da Vigilância Sanitária e do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) estão no local e trabalham na ação.