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Capital

Policiais encontram mais duas ossadas em “cemitério” de criminosos

Guilherme Henri, Viviane Oliveira e Julia Kaifanny | 23/11/2016 11:08
Adolescente envolvido em esquema com a delegada Aline Sinotti e investigadores (Foto: Marina Pacheco)
Adolescente envolvido em esquema com a delegada Aline Sinotti e investigadores (Foto: Marina Pacheco)

A Polícia Civil encontrou na manhã desta quarta-feira (23), mais duas ossadas no “cemitério” da quadrilha que explorava sexualmente viciados em drogas em Campo Grande. Uma terceira já estaria na mira dos investigadores, que encontraram até o momento seis das pelos menos 10 vítimas do grupo.

Na tarde de ontem (22), os policiais encontraram os restos mortais que seriam de Ana Cláudia, 37 anos. Além dela, já foram encontradas as ossadas que seriam de Café, Alemão e Bruninho.

Os seis e pelo menos mais cinco, que continuam desaparecidos, eram explorados pela quadrilha, que agia no Bairro Danúbio Azul. O esquema foi desmontado pela Polícia Civil no dia 10 deste mês em que oito pessoas envolvidas foram presas.

Peritos do IC (Instituto de Criminalística) e a funerária de plantão já estão no local. A delegada da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Aline Sinnott, responsável pela operação também está presente, mas não quis dar detalhes sobre os trabalhos para a imprensa.

O local das covas foi isolado pela Polícia Civil (Foto: Marina Pacheco)
O local das covas foi isolado pela Polícia Civil (Foto: Marina Pacheco)

Ela conta com a ajuda de pelo menos seis policiais e uma retro escavadeira da Águas Guariroba.

Caso – O “cemitério” foi revelado para polícia pelo chefe da quadrilha, Luiz Alves Martins, o 'Nando', 49 anos, preso no dia 10 deste mês.

Além dele, foram presos: Diego Vieira Martins, Rudy Pereira da Silva, Jeová Ferreira Lima, Jeová Ferreira Lima Filho, Ariane de Souza Gonçalves, Vagner Vieira Garcia, Andreia Conceição Pereira. Mas, até agora já são pelo menos 15 pessoas presas suspeitas de estarem envolvidas com o esquema.

Também foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão. Foi aprendida droga, uma arma de fogo e 70 galos de rinha.

Eles aliciavam adolescentes e jovens dependentes químicos para vender droga e se prostituir a troco de pasta base de cocaína. “Eles exploravam a miséria, pessoas com baixa escolaridade e renda, com nível de dependência alto. Que fazem qualquer coisa para conseguir o entorpecente”, diz a delegada Aline Sinotti.

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