População critica redução de apenas R$ 0,05 na tarifa do transporte coletivo
A redução de R$ 0,05 centavos – de R$ 2,75 para R$ 2,70 – na tarifa do transporte público de Campo Grande não agradou os passageiros dos ônibus. A queda do custo foi anunciada ontem (25) pelo prefeito Alcides Bernal (PP). No entanto, como a nova tarifa ainda não tem data para entrar em vigor, poucos usuários sabiam da novidade na manhã de hoje (26).
Esta foi a segunda redução do ano no valor da passagem, em 1º de julho o prefeito havia anunciado diminuição de R$ 2,85 para R$ 2,75 por causa da isenção de PIS e Cofins, determinada pela presidente Dilma Rousseff (PT).
A redução será possível com a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços), que depende do aval da Câmara Municipal e vai significar a renúncia fiscal de R$ 8 milhões por ano. Em julho, cálculos da Agência Municipal de Regulação indicavam que a isenção poderia reduzir a tarifa em R$ 0,14, de R$ 2,75 para R$ 2,61. No entanto, o prefeito autorizou o aumento para R$ 2,90 e depois, a redução.
Mesmo sendo informados sobre o barateamento, os usuários continuam insatisfeitos com o transporte e dizem que o valor deveria ser mais barato por causa da qualidade do serviço que é oferecido.
A vendedora Ivone Machado da Silva, 47 anos, avalia que o preço “deveria baixar mais porque está muito caro pela qualidade dos ônibus”.
Já a atendente Andréia de Souza, 20, lembra “que o serviço é muito ruim”. “Você sempre anda em um aperto. Chega às 17h e os ônibus são horríveis”.
Para o pedreiro Mazinho Schuindt, 48, o anúncio do prefeito foi “ridículo”. “Eles não deveriam nem ter coragem de baixar R$ 0,05 centavos. Isso tudo é ridículo”, avaliou.
Mãe de dois filhos, a auxiliar de serviços gerais Lindinalva Teixeira, 39 anos, revelou que gasta em média R$ 115 por mês com tarifa de ônibus. “Ainda não tive tempo de fazer as o cálculo, mas acho que os R$ 0,05 centavos não vão baixar em nada no fim das contas”.
Ela afirmou que a qualidade do transporte coletivo “não vai melhorar em nada”. “Acho que vai continuar a mesma coisa. Esse preço abaixa e sobe e os ônibus sempre continuam lotados”, avalia.
Desacreditada, a aposentada Marlene Maria Lima, 65, avalia com indiferença a redução da tarifa do transporte da Capital. “Para mim tanto faz porque eu não pago o ônibus mesmo”, conclui.