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Capital

Por R$ 600, mais de 100 pessoas fazem fila na rua perto de agência

Pessoas tentavam se proteger do sol forte sob a sombra das árvores, mas sem distanciamento necessário

Silvia Frias e Danielle Errobidarte | 28/04/2020 12:58
Por R$ 600, mais de 100 pessoas fazem fila na rua perto de agência
Fila começava em frente da agência, passava pelo muro e seguia para a rua (Foto: Paulo Francis)

A busca pelo auxílio emergencial ainda provoca filas quilométricas e, ainda, muito desrespeito ao distanciamento pedido para evitar a disseminação do novo coronavírus (covid-19). Na CEF (Caixa Econômica Federal) da Júlio de Castilhos, mais de 100 pessoas se aglomeravam, antes mesmo da abertura da agência.

Ontem (27), a Caixa começou a liberar o auxílio emergencial de R$ 600 de forma escalonada, conforme o mês de nascimento do beneficiário. O objetivo da liberação aos poucos é reduzir o número de pessoas nas agências e lotéricas e, assim, evitar aglomerações. Mas a grande procura ainda causa situações que contrariam as normas sanitárias de distanciamento.

Por R$ 600, mais de 100 pessoas fazem fila na rua perto de agência
Na rua, pessoas se aglomeravam em busca de sombra, muitas, sem máscaras (Foto: Paulo Francis)

A fila começava na porta da agência, na Rua Valdez, na Vila Alba, sob temperatura de 31ºC. Muitas pessoas, sem máscara, dividiam a mesma sombrinha para fugir do sol. Na porta da agência, dois guardas com máscaras borrifavam álcool em gel nas mãos de quem entrava no banco.

Para quem estava mais atrás, a saída foi estender a fila para o outro lado da via, buscando abrigo nas sombras das árvores da praça local. Em toda a extensão, o distanciamento mínimo de 1,5 metro não era respeitado e o que se via era gente aglomerada, conversando e sem qualquer proteção.

Por R$ 600, mais de 100 pessoas fazem fila na rua perto de agência
Alguns com máscaras, outros sem, mas todos aglomerados (Foto: Paulo Francis)

A dona de casa Paula Vegas, 48 anos, chegou às 10h na agência para sacar o auxílio de R$ 600. Antes, havia conseguido usar o aplicativo, mas não conseguiu mais acessar para transferir e pagar contas teve que recorrer ao saque. “Já estou na fila há duas horas, nem sei que horas vou ser atendida”.

A aposentada Rosângela Aparecida Marques, 54 anos, mora na região da Júlio de Castilhos, mas foi à agência da Avenida Tamandaré por volta das 11h, achando que seria atendida mais rápido. Sem sucesso, voltou para o bairro e, novamente, viu a intenção frustrada. “Vim antes perguntar para os seguranças se mesmo não sendo para sacar os R$600 preciso entrar na fila e disseram que sim. Como hoje é o primeiro dia pra eu sacar, vou deixar pra depois, ainda esse horário, ficar no sol”.

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