Por semana, ao menos uma escola pública é vítima de furto na Capital

Toda semana uma escola pública é furtada em Campo Grande. Levantamento junto aos dados de boletins de ocorrência da Polícia Civil mostram que 40 unidades foram alvos de bandidos, que levaram, principalmente, fios de cobre, entre janeiro e 31 de outubro deste ano.

De todas as escolas, duas chamam atenção. Uma delas por ter sido furtada duas vezes em menos de um mês e justamente no período em que fechou as portas para reforma: a Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado, localizada no Bairro Amambaí. Atualmente, as aulas seguem em prédio alugado na Rua Dom Aquino.

A outra é a Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, no Bairro Universitário, que somente entre julho e setembro, foi furtada três vezes. Todos os furtos ocorreram durante o período sem aulas, já que as atividades presenciais voltaram apenas em setembro deste ano, no entanto, o local tem câmeras de segurança.

No Maria Constança, além de fios elétricos, torneiras e lâmpadas foram levadas na primeira vez, em 14 de setembro, e na segunda, em 27 de outubro, “a fiação do quadro geral de disjuntores que fica na quadra de esportes”, conforme relato em boletim de ocorrência.

Já na Iracema de Souza, o primeiro furto ocorreu em 15 de julho e foram levados a fiação do quadro de força de energia e o encanamento de cobre dos aparelhos de ar-condicionado. Um mês depois, a direção, conforme boletim de ocorrência, notou ausência de mesa de pebolim, avaliada em R$ 1,3 mil e, em 6 de setembro, ao menos, 290 metros de fios de energia foram levados. Tudo registrado pelas câmeras de segurança.

Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que “a segurança das escolas da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande é feita por agentes de patrimônio e também por guardas civis metropolitanos (GCM). Ao se constatar furtos, a unidade aciona os órgãos competentes responsáveis pela segurança pública”.

A reportagem questionou sobre o caso específico da Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, mas não houve resposta.

Pela SED (Secretaria de Estado de Educação), a informação é de que algumas escolas contam com agentes patrimoniais e outras com sistema de monitoramento. "É importante salientar que as escolas estaduais não fecharam durante a pandemia", sustenta a nota.

Especificamente sobre a Maria Constança, "por se tratar de patrimônio tombado há trâmites específicos", sendo que "a obra se encontra em momento de obtenção dos alvarás junto aos órgãos responsáveis" para que comece e que a "empresa vencedora da licitação será responsável pela segurança do local e as obras terão início em janeiro".

Sobre a segurança no momento atual, nada foi informado.

Mais casos  – Em mais casos de furtos registrados no dia 22 de outubro na Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, também no Bairro Universitário, foram furtados cabos do para-raios, totalizando 300 metros. Na ocasião, as aulas no Estado já haviam retornado.

Em outra escola estadual, a Fausta Garcia Bueno, no Bairro Coophasul, em junho, foram levadas duas caixas de som e câmera filmadora portátil. Na ocasião, o local passava por reforma, assim como ocorre atualmente no Maria Constança.

E até a Escola Estadual Cívico-Militar Marçal de Souza, no Jardim Los Angeles, foi alvo de bandidos, que levaram de lá, recentemente, em 23 de outubro, um ventilador de parede e uma lâmpada de led 50 watts.

Nas municipais, grandes objetos já foram levados e na Escola Municipal de Educação Infantil Pedacinho do Céu, novamente no Bairro Universitário, o furto foi de um freezer de duas bocas; uma panela de pressão industrial, com capacidade para 20 litros; três formas para bolo e um motor de betoneira. Na ocasião, houve arrombamento do portão de entrada de veículos, já que os ladrões entraram de carro com uma carretinha para levar os itens.

No Jardim Presidente, a Escola Municipal Maestro João Correia Ribeiro perdeu um aparelho de ar-condicionado e duas impressoras em março deste ano.