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Capital

Prefeita garante ações de "10 anos em 1" e concurso com 323 vagas para professor

Pagamento de 100% do valor do piso será concluido em 2028, mas ainda não há data para concurso

Por Cassia Modena e Jackeline Oliveira | 04/10/2023 10:35
Adriane Lopes sancionou lei nesta manhã, com presença de professores (Foto: Henrique Kawamanimi)
Adriane Lopes sancionou lei nesta manhã, com presença de professores (Foto: Henrique Kawamanimi)

Durante reunião com professores para sancionar lei que define a repactuação e integralização do piso salarial dos professores da rede municipal de Campo Grande, nesta manhã (4), a prefeita Adriane Lopes (PP) anunciou que deve abrir 323 vagas em concurso público, ainda este ano, sem maiores detalhes.

Como em 2024 tem campanha pela prefeitura, as provas devem ser aplicadas no início do ano que vem, porque a legislação eleitoral estabelece que nos três meses que antecedem as eleições, até a posse dos eleitos, nenhum aprovado pode ser convocado para preencher cargos públicos.

A prefeita discursou sobre estar fazendo o "possível de ser executado neste momento" e cumprir "10 anos em 1", se referindo ao atraso do pagamento devido em gestões anteriores.

Embora prometendo que a prefeitura irá depositar parcela repactuada do piso ainda na folha deste mês de outubro, ao assinar a lei, Adriane deixa para a próxima gestão municipal o compromisso de integralizar 100% do valor do piso ao salário.

Isso porque 2028 ficou definido como prazo final para o piso finalmente ser pago na totalidade, junto ao salário dos educadores. O vereador Juari Lopes, o "Professor Juari" (PSDB), que estava presente na reunião, aposta em uma nova repactuação antes, com mais parcelamentos.

O vereador Juari Lopes, que também é professor (Foto: Henrique Kawaminami)
O vereador Juari Lopes, que também é professor (Foto: Henrique Kawaminami)

"Ao colocar o salário dos professores para integralizar 100% [ao piso] em 2028, está comprometendo a gestão completa do próximo prefeito ou dela [se reeleita]. Na minha visão, obviamente em 2025 vai ter uma nova repactuação, porque o prefeito que assumir não vai ficar com 'filho' da repactuação da outra gestão. Caso for reeleita, eu também acredito que ela própria vai chamar para uma repactuação", avaliou o parlamentar.

Desvalorização - Juari também é professor. Ele considera os parcelamentos estabelecidos na lei não satisfatórios. "Não são suficientes. Nós estamos com um desgaste, como a prefeita mesmo citou, de 10 anos de desvalorização. O salário de professor de Campo Grande já foi o maior do Brasil. Hoje, está entre os piores salários do Brasil. Então mesmo repactuando, mesmo incorporando em 2028, nós temos um risco muito grande só por estarmos fazendo uma 'repactuação'", conclui.

Secretário de Educação de Campo Grande, Lucas Bitencourt (Foto: Henrique Kawaminami)
Secretário de Educação de Campo Grande, Lucas Bitencourt (Foto: Henrique Kawaminami)

O secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, reforçou que nada mais poderia ser feito no momento atual. "Foi formada uma comissão, que analisou e avaliou. Era o clamor da categoria. Existe o que é ideal, real e possível. E nesse momento o que é possível garantir, prometer e cumprir foi implementado nessa lei", falou.

Bitencourt adiantou que o recurso para o cumprimento da repactuação este ano já está reservado, inclusive, o do 13º salário deste ano dos educadores também está.

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