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Capital

Prefeito corta gratificação de 200% para médicos do Centro Pediátrico

Kleber Clajus | 31/03/2015 09:44
Centro Pediátrico atende diariamente cerca de 600 crianças em três turnos e é mantido por recursos do tesouro municipal (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)
Centro Pediátrico atende diariamente cerca de 600 crianças em três turnos e é mantido por recursos do tesouro municipal (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)
Olarte informou que já assinou o decreto suspendendo adicional nos salários (Foto: Marcos Ermínio)
Olarte informou que já assinou o decreto suspendendo adicional nos salários (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito Gilmar Olarte (PP) cortou o adicional de 200% dos servidores do Cempe (Centro Municipal Pediátrico) de Campo Grande. A diferença salarial em relação a outros profissionais da rede de saúde gerou protestos e foi um dos empecilhos para que o projeto acessasse recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) para sua manutenção.

Conforme o titular da Semad (Secretaria Municipal de Administração), Wilson do Prado, decreto vai equacionar os rendimentos entre os profissionais do Cempe e da rede municipal. O decreto já foi assinado pelo prefeito, segundo informação divulgada hoje, durante o sorteio dos prêmios do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). “Eles tinham escala de plantão diferente e, para isso, ganhavam adicional de 200% que será eliminado”.

A medida também deve extinguir cargos, conforme o superintendente de Saúde, Virgílio Gonçalves, tendo em vista que a estrutura opera atualmente utilizando recurso do tesouro municipal para atendimento diário de 600 crianças em três turnos. O investimento mensal na operação da unidade chega a R$ 2 milhões, além de R$ 193 mil pagos por aluguel de imóvel hospitalar na Avenida Afonso Pena.

Em setembro do ano passado, o Conselho Municipal de Saúde foi contrário a implantação do projeto destinado ao reforço no atendimento de pediatria na Capital. Os conselheiros entenderam ser desnecessário concentrar o atendimento na região central, além do fato de médicos ganharem até três vezes mais que os profissionais lotados nas unidades de saúde nos bairros.

Mesmo diante da negativa, o prefeito inaugurou o espaço em outubro e no mês de janeiro transferiu para a estrutura do CEI (Centro de Especialidades Infantil) para o mesmo imóvel.

Com a nova medida, a esperança é que se reverta o cenário desfavorável para que a unidade seja inscrita no SUS e possa utilizar recursos do FMS (Fundo Municipal de Saúde), provenientes de repasse do governo federal e estadual. O processo, de acordo com Wilson do Prado, “deve demorar de um ou dois meses”.

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