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Capital

Prefeito diz que empresas e escolas não podem obrigar, mas recomendar a máscara

Comparando situação com cigarro, bebida e filtro solar, Marquinhos Trad fala de bom senso no uso da proteção

Gabriela Couto e Giovanna Dauzacker | 22/03/2022 10:01
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). (Foto: Kísie Ainoã)
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). (Foto: Kísie Ainoã)

"É uma questão de consciência, de educação. Não recomendam parar de fumar, usar o filtro solar, não ingerir bebida alcoólica? Agora, se a pessoa quer ou não", comparou o prefeito Marquinhos Trad (PSD) sobre a situação da liberação do uso de máscara em ambientes abertos e fechados.

Nem ele, nem os secretários municipais, incluindo o de Saúde, que participaram de uma agenda pública na manhã desta terça-feira (22), já não usaram máscara na sala sala de reuniões do gabinete da prefeitura.

O decreto que oficializa a recomendação de uso do EPI (equipamento de proteção individual) em ambientes fechados foi publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) de hoje.

Na mesa de reuniões do gabinete da prefeitura, ninguém usou máscara. (Foto: Kísie Ainoã)
Na mesa de reuniões do gabinete da prefeitura, ninguém usou máscara. (Foto: Kísie Ainoã)

A regra causa polêmica entre alguns empresários, mas o prefeito esclareceu que não há legislação na Capital que dá autonomia para a obrigatoriedade do uso de máscara em determinados lugares.

"O decreto abrange a todos. É lógico que quando o pai e mãe pedem para usar, os filhos vão usar. As escolas não podem obrigar. Mas recomendar o uso pode."

A mesma situação para estabelecimentos. "Não é impor. É criar uma política interna. É optativo. Se você for ao restaurante e ver o garçom com máscara, você vai se sentir mais seguro. Mas cada um vai decidir o que acha melhor", acrescentou.

Tranquilidade - O prefeito mostrou tranquilidade quando questionado sobre situação da Áustria, que liberou o uso de máscara, mas voltou atrás 15 dias depois com a obrigatoriedade devido ao aumento de casos.

"A realidade desse país é totalmente diferente da nossa realidade. Se pegar apenas o fato em si do decreto e do retorno de 15 dias após é discutível. Agora, voltar atrás de todo o histórico do que aconteceu para chegar lá é diferente", destacou.

Alegando que não há motivo para se preocupar, Marquinhos justificou que na Capital o índice de vacinação é alto, o número de hospitalizados caiu bastante, o número de casos positivos nos testes diminui quase 80% e o numero de procura diminuiu 'assustadoramente'.

"Há um mês, eram 40 mil procurando o teste. Esse mês, até agora, só 4 mil fizeram, porque estavam com sintomas."

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