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Capital

Prefeito pode abrir nova licitação para explorar corredores de ônibus

Aline dos Santos e Ítalo Milhomem | 04/07/2011 10:40
Sinalização de corredores já foi pintada em avenidas de Campo Grande.
Sinalização de corredores já foi pintada em avenidas de Campo Grande.

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), afirmou hoje que pode abrir uma nova concessão no transporte coletivo para exploração dos corredores de ônibus. “Se eles [Assetur] não derem conta, tenho fortemente na minha cabeça que posso abrir um novo processo de concessão. Para que quem vier dê conta de fazer isso”, salienta.

Na semana passada, o prefeito foi ao Ministério das Cidades, em Brasília, para pleitear R$ 280 milhões em projetos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana. Do total solicitado, R$ 160 milhões são para implantação de 68 km de corredor para o transporte coletivo.

Os projetos selecionados serão anunciados em agosto, mas o Ministério das Cidades já exigiu mudanças no transporte coletivo de Campo Grande, com custo orçado em R$ 40 milhões.

Conforme o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, o assunto foi discutido na última quinta-feira pela Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano), que reúne as cinco empresas que exploram o serviço na Capital.

A Assetur propôs aumento no prazo de concessão, que termina em 2014, ou reajuste na tarifa, que custa R$ 2,70. Contudo, conforme Rudel, existe impedimento jurídico para renovar o contrato.

E a possibilidade de novo reajuste neste ano foi descartada por Nelsinho Trad. Pelos corredores de ônibus, devem circular linhas como Aero Rancho/Centro, Nova Bahia/Centro e Guaicuru/Shopping.

Para atender o Ministério das Cidades, a frota deverá ser ampliada em 30%, além de mais 20 ônibus articulados e todos os veículos com câmera. Segundo o diretor da Agetran, cada ônibus articulado custa R$ 800 mil. Já um veículo de tamanho padrão custa de R$ 250 a R$ 300 mil.

Também foi exigido acessibilidade em 100% da frota, que hoje chega a 75% dos veículos. Os ônibus deverão ser dotados de GPS e as empresas deverão disponibilizar informações aos usuários, inclusive, por meio do celular.

Londrina – Também foi exigido que as garagens das empresas de ônibus tenham certificação ambiental e tratamento de esgoto. Rudel Trindade foi a Londrina, no Paraná, nesta segunda-feira para verificar como funciona o corredores de ônibus na cidade.

Na próxima quinta-feira, o diretor-presidente da Agetran vai ao Distrito Federal para mostrar às adequações aos projetos. Neste prazo, já deve haver definição se a Assetur fará ou não as mudanças.

Dos 280 milhões pleiteados pela prefeitura de Campo Grande no PAC, R$ 20 milhões serão destinados à construção de cinco terminais; R$ 7,5 milhões para reforma de sete unidades; R$ 160 milhões para construção de 68,4 quilômetros de corredores de transporte coletivo.

Além de R$ 9,7 milhões para implantar 56 quilômetros de ciclovias; R$ 4,5 milhões para modernização do sistema de controle eletrônico; R$ 67,3 milhões para intervenções viárias e R$ 9,5 milhões para estações de pré-embarque.

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