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Capital

Prefeitura admite fracasso da Orla Ferroviária e planeja mudanças

Lidiane Kober | 23/07/2014 18:10
Dos 11 quiosques iniciais, só dois continuam abertos (Foto: Ernesto Franco)
Dos 11 quiosques iniciais, só dois continuam abertos (Foto: Ernesto Franco)

Com projeto para mudar a cara da Orla Ferroviária em discussão, a Prefeitura de Campo Grande admitiu o fracasso no plano de transformar o local em um “Corredor Cultural” e corre atrás de alternativas para atrair investidores e acabar com a marginalização da região.

“Temos que atrair público para lá”, disse o diretor-presidente do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Marcos Antonio Cristaldo. Hoje, somente dois dos 11 quiosques continuam funcionando e, um dos remanescentes, acabou sendo destruído numa ação de vândalos. A demandada é resultado da falta de clientes e da ocupação de dependentes químicos e pedintes.

Para mudar a realidade, uma das ideias é transformar o espaço da Orla Ferroviária (entre Mato Grosso e Antonio Maria Coelho) em mais uma feira permanente de artesanato, hoje funcionando apenas na Praça do Imigrante. Outra proposta é que a Fundação de Cultura leve para a Orla Ferroviária eventos culturais que também sirvam de chamariz de público.

Além disso, Cristaldo defende medidas de incentivo tributário, como o desconto no IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), para os proprietários de imóveis lindeiros que mostrem interesse em investir na Orla. Neste sentido, será aberta outra licitação para atrair novos permissionários.

Torcida - Os dois comerciantes que continuam de portas abertas torcem para que o projeto de retomada do Corredor Cultural “Waldir dos Santos Pereira” vire realidade. A proprietária do Estação Grill”s, Lao Espíndola, acredita que a região tem todas as condições para se transformar num espaço para o turismo gastronômico.

Ela acha fundamental que o poder público use o espaço para eventos culturais como o lançamento de discos, livros, exposições de artes plásticas. “Assim, teremos gente circulando, inclusive, no período noturno”, ponderou. Por razões de segurança e para economizar com a conta de luz, o Estação Grill”s só funciona durante o dia.

Para Maria Conceição, da Cantinas’s, a persistência pode render bons frutos. “A gente tem que acreditar. O absurdo é deixar acabar algo onde já foi investido muito e que ainda investimos. Este lugar é muito bom, lindo à noite e que deveria ser um ponto de encontro da cidade”, avaliou.

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