Prefeitura busca verba para transformar Cidade do Natal em espaço permanente
Projeto foi apresentado nesta sexta-feira ao ministro Carlos Marun, durante reunião no Paço Municipal; intenção agora é mapear local no qual recursos estariam disponíveis
A Prefeitura de Campo Grande pleiteia em Brasília cerca de R$ 2,3 milhões para requalificar o espaço da Cidade do Natal, tornando-o uma área permanente para eventos. O projeto, que já começou a ser discutido com setores do governo federal, foi apresentado no fim da tarde desta sexta-feira (15) pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) e técnicos de sua gestão ao ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo da Presidência da República).
A ação na Cidade do Natal passaria pela reconfiguração do espaço, cuja arquitetura remete è Europa, dando-lhe enfoque regional: a ideia é se inspirar na arquitetura diversa de Campo Grande, sobretudo nos prédios tombados pelo patrimônio histórico e outros mais antigos, para permitir o uso do local por até dez anos com um baixo custo de manutenção.
Conforme divulgdo na reunião, o projeto já teve tratativas iniciais junto à Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), mas Marquinhos buscou com Marun indicações sobre outras possíveis fontes de recursos –como os Ministérios das Cidades, do Turismo e da Cultura, estes dois últimos apontados por Marun como os mais viáveis para o empreendimento.
O paisagismo e a própria disposição da Cidade do Natal –que passaria a ter outro nome, ainda não anunciado– teriam alterações em todos os seus 13 mil metros quadrados de área. O pórtico de entrada remeteria à Estação Ferroviária Central, “porta de entrada” de Campo Grande no ciclo de desenvolvimento da cidade.
A área de exposições, por sua vez, imitaria o segundo gabinete do prefeito –hoje instalado na antiga Residência do Engenheiro da Noroeste do Brasil, no cruzamento das avenidas Mato Grosso e Calógeras. A praça de alimentação, em metal e vidro, teria um pergolado para cobertura móvel; enquanto os quiosques reproduziriam prédios da cidade como o Hotel Americano, Morada dos Baís e a Casa do Artesão, além de outros imóveis antigos.
Uma praça central contaria com um pequeno palco para apresentações artísticas. A obra também incluiria banheiros permanentes, cuja construção já foi acordada com o governo estadual –proprietário da área da Cidade do Natal, no estacionamento do Parque das Nações Indígenas.
Toda a nova estrutura seria de materiais mais resistentes, como o isotermo, cuja manutenção seria mais barata que as estruturas em madeira que atualmente ocupam o local.
Aceitação – O investimento teria como base o potencial turístico da Cidade do Natal, que em 2017 recebeu 300 mil pessoas apenas durante os festejos de fim de ano sendo, conforme Marquinhos, o principal atrativo de turistas para a cidade no período, conforme dados dos setores hoteleiro e de restaurantes. Fatores como a localização privilegiada –próximo às sedes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, ao lado do maior parte da cidade e ligada ao resto da Capital por ciclovias– foram exaltados na ação.
“Quando retomamos o projeto neste ano, muitas pessoas disseram que nunca deveria ter parado”, afrimou Marquinhos, ressaltando a boa receptividade popular à Cidade do Natal.
Caso saia do papel, o projeto deve ser entregue à população em 2019 –isso porque a obra deve durar, pelo menos, oito meses. “Nosso planejamento é de realizar as festas deste ano ainda na estrutura atual, como uma despedida”, pontuou o prefeito.
Marun, por sua vez, disse estar otimista com a iniciativa. Em um primeiro momento, ele pretende discutir o projeto com o Ministério do Turismo “e em uma semana dizer onde há mais chances de conseguirmos o dinheiro para a obra”.