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Capital

Prefeitura decreta emergência por conta da epidemia de dengue

Executivo Municipal leva em conta parecer da Defesa Civil

Mayara Bueno | 18/01/2016 11:28
Agentes de saúde fazem mutirão em casas. (Foto: Arquivo)
Agentes de saúde fazem mutirão em casas. (Foto: Arquivo)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), decretou nesta segunda-feira (18) situação de emergência por período de 180 dias na cidade em decorrência da epidemia de dengue vivida na Capital. No decreto publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), ele elenca o momento como “desastre biológico classificado e codificado como epidemia – doenças infecciosas virais (dengue)”.

Com isso, o prefeito, que assina o documento, autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais, que vão atuar sob a coordenação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypiti. O decreto de emergência também permite à administração pública contratações sem a necessidade de licitação.

Na justificativa, o Executivo Municipal considera a necessidade de “resposta urgente à epidemia de dengue de Campo Grande”, conforme indicadores da Sesau, além do aumento “expressivo” de número de consultas nas unidades de saúde e parecer da Defesa Civil, que afirma a necessidade do decreto. A Prefeitura de Campo Grande também leva em consideração a incidência do vírus zika e febre chikungunya, inclusive com decretação de estado de alerta, que ocorreu anteriormente.

Levantamento do Ministério da Saúde, divulgado na sexta-feira (15), mostra que Mato Grosso do Sul é o oitavo estado brasileiro com maior número de casos confirmados de dengue. O balanço levou em conta os números de 2015 em relação aos registros de doentes em estado de alerta, ou seja, aqueles em observação e cujo quadro pode se agravar.

A epidemia de dengue que fez a capital sul-mato-grossense a fechar o ano de 2015 com 13.825 casos notificados e 4.013 confirmações da doença, o que vem lotando as unidades de saúde, em especial as de atendimento 24 horas, as chamadas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Na semana passada, uma criança de 8 anos e uma adolescente de 16 morreram em Campo Grande, possivelmente em consequência da dengue. Os casos são investigados pela Sesau e SES (Secretaria de Estado de Saúde). A confirmação dos casos só acontece após uma sindicância das autoridades de saúde da Capital, no caso da criança, e ainda análise do histórico do atendimento médico pela Vigilância Epidemiológica Estadual, no caso da adolescente. Nas duas situações também é necessária a confirmação da doença, feita através de exame de sangue.

Interior - A prefeitura de São Gabriel, distante 140 quilômetros de Campo Grande, também decretou emergência por lá, em decorrência de diversos casos de dengue no Brasil, mas que o município ainda não vive uma epidemia. O objetivo do decreto é agilizar procedimentos de combate. As ações serão para prevenir uma possível epidemia.

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