Prefeitura deve contratar terceirizada para avaliar qualidade dos ônibus
Lista de inspeção incluiria freios, lanternas e poltronas dos coletivos
Empresa terceirizada deve avaliar a qualidade dos ônibus do transporte coletivo de Campo Grande. Processo de licitação, conforme o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) Vinícius Leite Campos, estaria em curso.
“Vamos fazer um contrato de terceirização dos serviços de auditoria dos ônibus. Uma das principais reclamações é quanto a rampa para as pessoas com deficiência. A empresa ainda vai vistoriar freio, lanterna, direção, poltrona, tudo”, explicou Vinícius.
Com a medida, a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) deixaria de fiscalizar os 585 veículos que compõe a frota do Consórcio Guaicurus. O diretor-presidente da Agereg esclareceu que por não possuir técnicos suficientes a saída foi recorrer a terceirização.
Para o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, não haveria preocupação das empresas em serem fiscalizadas. Isso porque a frota teria idade média de 4,8 anos, ante a exigência de no máximo 10 anos. Já elevadores teriam “plano de manutenção preventiva”.
Licitação para contratar a auditoria tramita desde abril, mas enquanto não sai as atenções se voltam para a definição da nova tarifa do transporte coletivo urbano. Dentre as pendências está o fim da negociação salarial dos motoristas, que influencia 50% do cálculo do reajuste.
Reajuste - Vinicíus indicou que para manter a tarifa congelada há necessidade do governo estadual isentar o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aplicado ao óleo diesel. Isso ao considerar que dentre os isentos, 50% são estudantes da rede estadual.
Em média, o Consórcio Guaicurus consome pouco mais de 1,1 mil litros de combustível. Enquanto Rezende esclarece que desonerações favorecem o usuário e não as empresas, a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) não respondeu se analisa a proposta.
A nova tarifa, ainda em análise, só tem a promessa do prefeito Marquinhos Trad (PSD) de ser menor que no ano anterior. Palpites só devem ser conhecidos depois de concluída a negociação dos motoristas, uma vez que o cálculo permanece incompleto.