Prefeitura diz conduzir “completa apuração” sobre morte de paciente em UPA
Marcelly Marcia Franca Almeida faleceu aguardando atendimento médico em unidade do bairro Coronel Antonino
A Prefeitura de Campo Grande e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) publicou na tarde deste sábado (27) uma nota oficial para expressar “profundo pesar” pelo falecimento da paciente Marcelly Marcia Franca Almeida.
A mulher morreu na última terça-feira (23), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino, após esperar por 2h atendimento médico. O óbito virou caso de polícia que investiga negligência médica.
“Nesse momento difícil, estamos dedicando todos os esforços para conduzir procedimentos administrativos e éticos visando à completa apuração dos acontecimentos”, justificou o documento publicado pela assessoria de imprensa do município.
De acordo com a nota, a pasta está colaborando com as autoridades no processo de investigação. Também foi publico o repúdio às ameaças contra a integridade física e psicológica das equipes de saúde que desempenham suas funções da unidade em que o caso ocorreu.
“Manifestamos nossa solidariedade à família e reiteramos nosso compromisso em zelar pela segurança e respeito no ambiente de trabalho dos profissionais de saúde. Este é um momento de luto para toda a comunidade, e estamos dedicados a proporcionar esclarecimentos e suporte necessário”.
O caso - Marcelly deu entrada na UPA do bairro Coronel Antonino, por volta das 13h da última terça-feira (23). Dentre os sintomas estava diarreia, vômito e dificuldades de respirar.
Diagnosticada com dengue, ela chegou a unidade com a pressão baixíssima – 7 por 4, enquanto o normal é 12 por 8. Mesmo com esse quadro e queixas como falta de ar, a paciente recebeu classificação de risco amarela (caso urgente) e teve de voltar para a sala de espera.
Marcelly vomitou várias vezes enquanto aguardava e somente após 2h, quando já estava passando muito mal, foi levada para a parte interna na UPA, onde sofreu parada cardíaca e não sobreviveu. O óbito foi constatado às 16h45.
Ela tinha 33 anos e trabalhava como assistente social no Cotolengo, que cuida de pessoas com paralisia cerebral na Capital. Fazia bolos e outros doces por encomenda também, para complementar a renda. Marcelly deixou duas filhas, uma de 15 e outra de 12 anos.
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