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Capital

Prefeitura estuda "fechar" pediatrias em seis postos e concentrar em quatro

Medida é para acabar com problemas em escalas e manter médicos 24 horas

Mayara Bueno | 17/05/2017 18:29
UPA da Vila Almeida, uma das unidades que podem concentrar pediatras. (Foto: Alcides Neto/Arquivo).
UPA da Vila Almeida, uma das unidades que podem concentrar pediatras. (Foto: Alcides Neto/Arquivo).

A Prefeitura de Campo Grande estuda fechar o atendimento pediátrico em seis unidades de saúde, remanejar e concentrar os médicos em quatro. Uma reunião na quinta-feira (17), entre profissionais e o município na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, deve definir a situação.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a ideia é concentrar o atendimento nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da Coronel Antonino, Vila Almeida, Universitário e Leblon. A justificativa da prefeitura é que a medida vai resolver problemas nas escalas de médicos e, desta forma, disponibilizar profissionais 24 horas nestas unidades. 

Desta forma, poderão ficar sem atendimento pediátrico o CRS (Centro Regional de Saúde) do Nova Bahia, Tiradentes e Aero Rancho, Cophavila e UPA da Moreninha, Santa Mônica. Mesmo que exista a previsão de atendimento nas 10 unidades, geralmente duas concentram os profissionais.

Ainda conforme a secretaria de Saúde, a proposta servirá para colocar fim nos problemas com as escalas. “Os médicos da Rede Municipal de Saúde preferem trabalhar no período noturno o que, consequentemente, gera uma falha nas escalas durante o período diurno”, esclareceu em nota.

Hoje, por exemplo, apenas nove pediatras teriam atendido de manhã nas UPAS do Coronel Antonino e Vila Almeida, afirma a secretaria. À tarde, 16 no Coronel Antonino, Universitário e Vila Almeida. Já à noite, serão 35 espalhados nas outras unidades.

Problemas nas escolas de plantão têm sido constantes e noticiadas desde o início do ano. No início deste mês, 18 plantões ficaram desfalcados por médicos que estavam na escala, mas não compareceram ao posto de trabalho. Quem buscava atendimento teve de migrar para outras unidades de saúde.

Como forma de incentivar os médicos a fazer plantão durante o dia, o município ofereceu gratificação de até R$ 460, “entretanto, a maioria ainda prefere atender nos consultórios e ou hospitais particular”.

Por sua vez, a prefeitura afirma que apura casos de faltas sem justificativa, mas o chefe do Executivo Municipal, Marquinhos Trad (PSD), afirmou, em outra ocasião, que reconhece a falta de estrutura para médicos atuarem na administração municipal.

Uma circular datada de 16 de maio chama todos os profissionais pediatras e clínicos gerais que atendem a pediatria para uma reunião com a Coordenadoria de Urgências. A presença obrigatória é para escolha do dia de plantão.

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