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Capital

Prefeitura estuda transformar Sírio Libanês em “Hospital da Criança”

Edivaldo Bitencourt e Zana Zaidan | 24/05/2014 11:57
Construído há 20 anos, estabelecimento pode passar para o controle do poder público (Foto: Simão Nogueira)
Construído há 20 anos, estabelecimento pode passar para o controle do poder público (Foto: Simão Nogueira)

A Prefeitura de Campo Grande negocia o arrendamento do Hospital Sírio Libanês para centralizar o atendimento médico pediátrico de emergência pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Esta é a grande surpresa que o prefeito Gilmar Olarte (PP) pretende anunciar nos próximos dias para solucionar o problema crônico de falta de médico pediatra na rede pública de saúde da Capital.

Há vários anos, o município tenta solucionar a falta de médicos pediatras na rede pública. Só neste, foram três tentativas de contratar profissionais para os centros regionais de saúde. No entanto, o terceiro realizado só conseguiu a inscrição de oito médicos para 120 vagas disponíveis.

Na manhã de hoje, por exemplo, só as três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) – dos bairros Coronel Antonino, Universitário e Vila Almeida – tinham médicos pediatras. Neste caso, mães são obrigadas a percorrer até 20 quilômetros para conseguir atendimento, como sair da Coophavila 2 para levar o filho para o Bairro Coronel Antonino.

Olarte vem negociando o arrendamento do Hospital Sírio Libanês para centralizar o atendimento de emergência de crianças. O secretário municipal de Saúde, Jamal Salem, confirmou a negociação, mas destacou que o município busca o aval do Ministério da Saúde. O objetivo é elevar o teto do SUS para a Capital, para custear o aluguel pelo prédio e pelo atendimento.

O “Hospital da Criança Público” vai centralizar o atendimento e será de fácil acesso, já que as principais linhas de ônibus passam a uma distância de 50 a 200 metros do Sírio Libanês. Os cerca de 140 pediatras, que se revezam em plantões nos seis centros regionais de saúde e nas três UPAs, só vão atender na central, o que evitará desfalque na escala de plantão.

O Sírio Libanês conta com 35 leitos, três salas de cirurgia, três consultórios médicos e uma sala de recuperação, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, o prédio fica na Avenida Afonso Pena, entre as ruas Rui Barbosa e Pedro Celestino, no Centro.

O proprietário do hospital, Mafuci Kadri, informou que o estabelecimento tem 20 anos. Com seis mil metros quadrados de área construída, o hospital está concluindo a reforma do hospital. “Estamos nos adequando às exigências da Agência de Vigilância Sanitária”, destacou. Ele destacou que só o pronto atendimento está funcionando.

Kadri comentou que só falta concluir a limpeza do prédio para retomar para internação. Já sobre a negociação com prefeitura, Mafuci Kadri disse que não tem conhecimento, já que pode estar sendo conduzida pelo seu filho.

Ele diz que, ao contrário do informado pelo ministério, o estabelecimento tem 100 leitos.

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