Prefeitura paga insalubridade à enfermagem, mas exclui não sindicalizados

O salário dos servidores municipais foi depositado hoje (2) pela Prefeitura de Campo Grande e, contando que poderiam começar a receber adicional por insalubridade, os da área de enfermagem se frustraram.

Representante da categoria, o Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem) está verificando os holerites para apurar quantos não receberam o benefício.

Advogado da entidade, Márcio Almeida afirmou que é possível que apenas os filiados tenham sido contemplados, já que o pagamento resultou de um mandado de segurança coletivo movido contra o Município com base na súmula nº 390 do STF (Supremo Tribunal Federal).

"Nós apresentamos uma lista de associados [no processo]", explica Almeida. Se o critério foi atender à essa listagem, servidores que se filiaram depois da apresentação ou que não são filiados, podem ter ficado de fora.

Quando falaram com a reportagem há dois dias, o próprio advogado e o presidente do Sinte, Márcio Almeida, tinham a expectativa de que todos os servidores da enfermagem, sem exceção, fossem fazer jus ao adicional de insalubridade. Essa soma seria de cerca de mil pessoas.

Filiações - Márcio Almeida acredita que 80% dos servidores municipais da enfermagem são filiados ao Sinte e registra que as filiações "cresceram exponencialmente nos últimos dias", provavelmente por causa da vitória judicial.

Mensagens de servidores enviadas ao Campo Grande News, confirmam que pessoas não filiadas não receberam o benefício. Há um relato sobre enfermeiro filiado que não recebeu, mas a informação ainda não foi confirmada pelo Sinte.

O que diz a prefeitura - A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Gestão, pasta comandada por Andréa Ferreira, que assinou ofício informando que incluiria o adicional de insalubridade na folha de pagamento em julho. Não houve retorno até o fechamento desta matéria.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) se manifestou, informando que o benefício foi pago "somente aos técnicos de enfermagem e enfermeiros ligados ao Sinte, por conta de uma ação judicial". A pasta acrescentou que não comenta nenhuma decisão judicial.

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