Prefeitura recorre a contrapartida para retomar projeto no Córrego Reveillon
Projeto executivo será elaborado pela Plaenge Empreendimento e obras são necessárias na recuperação de lago do Parque das Nações
Para retomar as obras de contenção de enchentes no Córrego Reveillon, próximo da Avenida Mato Grosso e Avenida Hiroshima, no Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande, a prefeitura vai recorrer à iniciativa privada. Utilizando de contrapartidas, a prefeitura recorreu a Plaenge Empreendimentos para dar continuidade ao projeto que impacta na recuperação do lago do Parque das Nações Indígenas.
Conforme o extrato do 1° termo aditivo do termo de compromisso, celebrado em 12 de maio de 2020, e publicado nesta segunda-feira, no Diário Oficial do município, objeto acordado inicialmente foi convertido em projeto executivo de uma bacia de amortecimento de cheias do córrego, contenção em muro de gabião e a construção de um “piscinão” de no mínimo 29 mil metro cúbicos.
A diretora-presidente da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) afirma que o valor total disponibilizado pela Plaenge como forma de compensação ambiental é de R$ 300 mil.
"Parte dele é para pagar o projeto executivo da bacia de contenção do Córrego Reveillon e a outra parte será usada como contrapartida pela prefeitura para financiar a execução da obra", explicou.
O acordo foi feito para compor contrapartida obrigatória na execução da obra decorrente do projeto executivo visando à solução em mitigação de efeitos de picos de vazão na Bacia do Prosa.
Sem recursos – A última intervenção realizada no córrego pela prefeitura foi em agosto do ano passado. Na ocasião, foi realizada desassoreamento do Réveillon, como medida complementar a recuperação dos lagos do Parque das Nações Indígenas, cujo problema da degradação estava levando a seu desaparecimento.
Foram retirados, aproximadamente, 4 mil metros cúbicos de areia, numa operação que mobilizou duas máquinas retroescavadeiras e 8 caminhões. As águas do Réveillon, que desaguam no Prosa , e mais o Joaquim Português, formam os lagos do Parque das Nações.
O problema é que medidas paliativas não são suficientes para solucionar o problema de degradação dos lagos e até mesmo o sistema de vazão de água. Há plano para resolver a questão estrutural, porém, falta recursos.
A transformação de trecho do Córrego Reveillon, com a construção do piscinão, tem apenas R$ 4 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mata do Jacinto, etapa D, para ser executado, o que é insuficiente.
De acordo com o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, apenas com o projeto executivo elaborado será possível utilizar o recurso já disponível e pleitear mais dinheiro para a obra.
A reportagem do Campo Grande News esteve no local hoje e verificou que o córrego voltou a ficar assoreado.
(Matéria editada às 18h para acréscimo de informações)