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Capital

Prefeitura tenta se explicar, mas ainda procura 3 mil doses perdidas de vacina

Sindicância será instaurada para apurar caso e encontrar doses

Leandro Abreu | 24/05/2016 13:33
Uma das alegações da prefeitura é que frascos vieram com quantidade menor que a esperada. (Foto: Marcos Ermínio)
Uma das alegações da prefeitura é que frascos vieram com quantidade menor que a esperada. (Foto: Marcos Ermínio)

A Prefeitura de Campo Grande tentou explicar nesta terça-feira (24) o paradeiro das 32 mil doses da vacina contra gripe H1N1 que haviam sumido, conforme noticiado ontem pelo Campo Grande News. Porém, admitiu que ainda não sabe onde estão outras 3.166 doses da vacina.

Uma sindicância será instaurada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) para apurar e constatar o que ocorreu com essas vacinas. Cerca de 18 mil doses ainda sobram nos postos de saúde e no estoque da secretaria. Elas serão destinadas às crianças que precisam tomar a segunda dose e a população carcerária.

De acordo com o setor de comunicação da prefeitura, Campo Grande atingiu 93,59% de imunização do público-alvo, ultrapassando a meta de 80% estipulada pelo Ministério da Saúde. Até sexta-feira (20), no último dia da campanha nacional, 188 mil doses haviam sido recebidas pela Capital, quando mais 8 mil, que serão destinadas aos presidiários e agentes penitenciários, chegaram.

Deste total de 196 mil vacinas, além das 8 mil da população carcerária, 10 mil vacinas serão aplicadas nas crianças, que precisam tomar a segunda dose, para que a imunização seja completa. O restante, cerca de 3,1 mil, estão “perdidas” e a prefeitura ainda irá apurar e tentar localizá-las.

Ainda conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, há hipóteses de perda de doses e também quantidade recebida menor do que a esperada. Nesta segunda-feira, o secretário municipal de saúde, Ivandro Fonseca, afirmou ter recebido reclamações de vários gerentes das unidades de saúde. A alegação é que frascos que previam conter 10 doses, tinham apenas 8. Em viagem, o secretário deve instaurar a sindicância somente quando retornar para Campo Grande.

Em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Butantan, que fornece a vacina ao Ministério da Saúde, o Campo Grande News foi informado de que as doses são checadas e rechecadas diversas vezes antes de serem encaminhadas e não existe a possibilidade de terem sido disponibilizadas menos doses do que o normal. Ainda conforme o instituto, às vezes, faltam vacinas em consequência de problemas no manuseio das seringas.

O MPE (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito civil nesta segunda-feira para investigar a insuficiência na quantidade de vacina contra a gripe disponibilizada para a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública).

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