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Capital

Prefeitura vai apresentar nova proposta aos professores no dia 15 de janeiro

ACP espera que situação de reposição salarial seja resolvida antes do início do ano letivo

Izabela Cavalcanti | 23/12/2022 09:43
Professores protestando em frente à Prefeitura de Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
Professores protestando em frente à Prefeitura de Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)

As tratativas sobre a reposição salarial dos professores vão voltar a acontecer somente no dia 15 de janeiro, juntamente com a Prefeitura de Campo Grande. A informação foi repassada pelo presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) Gilvano Bronzoni.

“A prefeita colocou que senta na mesa no dia 15 de janeiro para apresentar uma proposta, mas que entende a necessidade do município de cumprir com a educação”, explica.

Indagado sobre a data ser novamente estendida, Bronzoni disse que espera que a situação seja resolvida antes de iniciar o ano letivo.

“Nós gostaríamos que fosse resolvido, agora. A nossa principal insistência é que não retorne as aulas sem uma solução”, completa.

Histórico – Segundo a ACP, as negociações começaram em março, quando a Lei 6.796/2022, que estabelece a política salarial do Piso 20h da Reme, foi aprovada. Em novembro era o prazo final para aplicar os 10,39%.

Na época foi firmado um cronograma de integralização do valor do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério ao piso municipal, para uma jornada de 20h de trabalho, com correções até outubro de 2024.

Conforme lei federal, docentes devem receber percentual específico do piso nacional, de R$ 3.845,63, a depender da classificação do funcionário.

Após falar repetidas vezes que não teria condições de pagar o valor, a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes (Patriota) ofereceu auxílio de 4,78% e auxílio alimentação de R$ 400, sendo recusada pelos professores.

Sem a aplicação da correção de 10,39%, referente ao mês de novembro, no dia 2 de dezembro os professores decidiram dar início à paralisação, que se estende oficialmente até o dia 9 de dezembro.

Depois disso, no dia 15 de dezembro, foi proposto o parcelamento dos 10,39% em três vezes. Deste total, 3,42% seriam pagos em janeiro de 2023 e as outras duas parcelas, de 3,48% cada uma, em março e dezembro do ano que vem. Mais uma vez, a categoria recusou, devolvendo uma nova proposta.

Na ocasião, eles pediram para que o parcelamento fosse em apenas duas vezes, não sendo aceito pela prefeita.

No dia 21 de dezembro, a prefeita adotou novo argumento para não conceder o reajuste pedido pelos professores da Reme. Segundo ela, a justificativa, agora, é a inconstitucionalidade da lei, por prever aumento em percentuais.

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