Sindicato envia ofício recusando proposta da prefeitura nesta terça
Professores reiteram contraproposta do reajuste a ser pago em janeiro (3,42%) e março (6,97%)
ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) envia na tarde desta terça-feira (20) ofício que recusa a proposta da Prefeitura de Campo Grande para parcelar o reajuste de 10,39% em três meses, e reitera a contraproposta do pagamento ser feito em janeiro e março.
A medida foi aprovada ontem (19) em assembleia realizada pela categoria. As discussões entre professores e Adriane Lopes (Patriotas) já duram meses. No dia 15, a prefeita propôs pagar o reajuste previsto para novembro deste ano em três parcelas: 3,42% em janeiro, 3,48% em maio e 3,48% em dezembro.
Os professores até aceitaram o parcelamento, mas recusaram a oferta e encaminharam a contraproposta, exigindo que fossem pagos em janeiro (3,42%) e março (6,97%) de 2023.
A prefeitura teve dois dias para analisar o documento, mas recusou e reenviou o parcelamento proposto inicialmente. Revoltados, os professores decidiram bater o pé e também manter firme a contraproposta.
Após o protocolamento do ofício, que deve ser feito às 14h30 desta terça, pelo presidente da ACP Gilvano Bronzoni, as discussões e assembleias acaloradas devem entrar de férias e as manifestações ficarão apenas nas redes sociais.
Conforme a Lei Municipal 6.796/2022, o reajuste para os professores deveria ser de 10,39% nos salários de dezembro. O piso salarial é R$ 3,3 mil para 20 horas semanais de trabalho e com o reajuste integral, a remuneração mínima para a categoria subiria para R$ 3,8 mil.
“A categoria em março aceitou um parcelamento esperando 8 meses para receber, na sexta-feira, a categoria, mais uma vez, estendeu a mão e aceitou mais uma vez esperar um parcelamento do parcelamento, jogando para janeiro e março uma situação que era pra ser cumprida em novembro. Hoje a categoria coloca pra prefeita uma situação que estamos entrando em férias, em semana festiva de Natal e Ano Novo. Mas que a prefeita precisa entender que isso não é um porto seguro, que é uma situação grave e delicada que a categoria espera com essa ação de hoje, que não se retorne as aulas em fevereiro, sem uma resposta positiva da prefeita”, esclareceu Bronzoni no fim da assembleia de ontem.
O Executivo alega que a mesma lei que garante o reajuste, impede que se extrapole o limite prudencial previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e por isso, não pode cumprir com a “promessa” feita em março deste ano.