Escolas municipais aderem parcialmente à nova paralisação de professores
Na manhã desta quinta-feira está marcada reunião com a prefeitura e, na parte da tarde, assembleia geral
Escolas municipais aderiram parcialmente à nova paralisação dos professores, nesta quinta-feira (15). Além disso, às 13h30, também está marcada assembleia geral para debater a proposta da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), sobre o reajuste de 10,39% para a categoria.
A princípio a assembleia estava marcada para as 7h30, mas foi adiada, dando lugar para reunião com a prefeita.
Na Escola Municipal Professora Oliva Enciso está tendo aula para algumas turmas, pois não seriam todos os professores que iriam para a assembleia hoje de manhã. No entanto, como a assembleia foi adiada para o período da tarde, e a escola foi avisada no fim da tarde de ontem, a aula seguirá normal.
Na Escola Municipal Professora Iracema Maria Vicente, localizada no Bairro Rita Vieira, aparentemente, está tendo aula normal.
A cozinheira Luciene Miranda, de 50 anos, levou a filha do 4° ano para a escola. “Vi na ‘TV’ sobre a paralisação, mas corri e olhei o grupo da escola. Não sei como está funcionando, se as escolas que paralisaram daquela vez vão ter aula agora e as que estavam tendo aula vão parar, mas confirmei no grupo que hoje teria aula”, explica.
Questionada sobre a situação, Luciene vê como atraso no aprendizado de alguns alunos. “É complicado. Alguns alunos não sabem nem ler e nem escrever direito, graças a Deus eu me empenhei bastante e ela está aprendendo tudo e com boas notas”, completa.
O carpinteiro Adriano Mota, de 37 anos, disse que foi avisado que as aulas seriam normais, hoje, para o filho do 5° ano.
“A escola já avisou que os alunos que ficarem de recuperação vão ter aula até dia 30 de dezembro. Essa situação prejudica os pais que já estão com viagem marcada de final de ano, para aqueles que o filho passou ainda está bom, mas aqueles que ficaram de recuperação é difícil. As crianças vão estudar até o ano que vem praticamente”, lamenta.
Já na Escola Municipal Professor Múcio Teixeira Junior está tendo apenas entrega de notas. A escola já havia adiantado a aplicação das provas e, agora, os alunos que passaram não têm mais aula.
De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Gilvano Bronzoni, independente da assembleia geral, foi marcado a paralisação, nesta quinta-feira.
“Pode ter aula, mas foi aderido à paralisação independente da assembleia geral”, explica, acrescentando que às 9h30, de hoje, terá a reunião na Prefeitura de Campo Grande.
Entenda - Conforme a Lei Municipal 6.796/2022, o reajuste para os professores deve ser de 10,39% para dezembro. O piso é R$ 3,3 mil por 20h, e com o reajuste integral o salário dos professores vai para R$ 3,8 mil. Porém, o Executivo alega que a mesma lei impede que se extrapole o limite prudencial previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Segundo Bronzoni, as negociações se estendem desde março, mas agora não abrem mão da Lei.
A paralisação começou no dia 2 de dezembro, sendo mantida até 9 de dezembro. Depois disso, as aulas foram retomadas e paralisadas novamente na segunda-feira (12), retornando terça (13) e quarta-feira (14). Hoje, foi interrompida novamente.