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Capital

Nova negociação entre professores e prefeitura é marcada para as 14h

Reunião intermediada por vereadores terminou ainda sem acordo entre prefeita Adriane Lopes e ACP

Silvia Frias e Izabela Carvalho | 14/12/2022 10:29
Vereadores Riverton (camisa), Juari (barba) e Valdir Gomes (óculos) que fizeram parte da comissão que participou da reunião. (Foto: Izabela Carvalho)
Vereadores Riverton (camisa), Juari (barba) e Valdir Gomes (óculos) que fizeram parte da comissão que participou da reunião. (Foto: Izabela Carvalho)

A reunião realizada entre a prefeita Adriane Lopes e a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) terminou ainda sem definição sobre a greve da categoria. A discussão será retomada ainda hoje, às 14h.

O encontro foi intermediado por vereadores na semana passada, depois que os professores foram em peso na Câmara Municipal para pedir apoio. Apesar de ainda infrutífero, o presidente recém-eleito do sindicato, Gilvano Kunzler Bronzoni, fez avaliação positiva da reunião. “Acho que reabriu o diálogo”.

Bronzoni disse que a categoria negociou o índice de 10,39% em março e manteve a reivindicação. “A categoria entende que não tem como negociar em cima de outro número”. Segundo ele, logo que o impasse se resolva, será preciso redefinir o calendário de reposição de aulas.

A reunião começou às 8h35, mas somente com a comissão formada pelos vereadores Juari Lopes Pinto (PSDB), o Professor Juari, que presidiu o grupo, além de Valdir Gomes (PSD), Roberto Avelar (PSD), o Beto Avelar, Riverton Francisco de Souza (PSD) e Carlos Augusto Borges, o Carlão, presidente da Câmara.

Logo depois, às 8h51, o grupo da ACP foi chamando para participar da reunião, que acabou pouco antes das 10h.

Tanto vereadores quanto o presidente da ACP dizem ter expectativas boas para a nova rodada de negociação à tarde. O Professor Juari ponderou que não se pode abrir mão de cumprir a lei.

A legislação é o impasse entre prefeitura e professores. Conforme previsto em uma tabela de aumento escalonado, aceita pelos professores após negociações e definida pela Lei Municipal 6.796/2022, o reajuste deveria ser de 10,39% para dezembro. O piso é R$ 3,3 mil por 20h, e com o reajuste integral o salário dos professores vai para 3,8 mil. Porém, o Executivo alega que a mesma lei impede que se extrapole o limite prudencial previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Na saída da reunião, o vereador Beto Avelar disse que prefeitura mostrou nas planilhas a aplicação dos recursos da Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Pela legislação, o percentual de gasto com a folha de pagamento seria de 70%, mas a prefeitura já está em 73%, diferença que representa R$ 250 milhões/ano. “Acho que as negociações foram abertas, acho que isso é importante; agora o Executivo está levantando os números para fazer proposta concreta”.

A paralisação começou no dia 2 de dezembro, sendo mantida até 9 de dezembro. Depois disso, as aulas foram retomadas, mas deve ser interrompida amanhã, para assembleia da categoria, às 8h, na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). O encontro está previsto para discutir a proposta a ser apresentada hoje à tarde.

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